Geração de 98 é o nome dado a um grupo de escritores e poetas espanhóis que, motivados pela grave crise política e social na Espanha no final do século XIX e após a derrota militar sofrida pela guerra hispano-americana, decidiram basear suas obras em críticas de esquerda que mais tarde se concentrarão em um conceito mais tradicional do antigo e do atual.
Esse grupo de jovens ficou profundamente indignado com a indiferença das autoridades e da população, diante da derrota desonrosa ocorrida em 1988 contra os Estados Unidos. Os membros desta geração decidiram liderar a reação dos jovens estudiosos, contra o regime de restauração dos Bourbon. Foi assim que muitos desses escritores promoveram e conduziram muitas manifestações e escritos.
A geração de 98 em seus começos era composta por um grupo de três: Ricardo Baroja, Ramiro de Maeztu e Azorín. Posteriormente, outros foram incorporados, entre os quais se destacam: Ángel Ganivet, Pio Baroja (irmão de Ricardo Baroja), Enrique de Mesa, Miguel de Unamuno, Ramón Menéndez Pidal e Ramón María del Valle-Inclán. Da mesma forma, participaram artistas de outras disciplinas, como o pintor Ignacio Zuloaga e os músicos Enrique Granados e Isaac Albéniz.
Os centros de reuniões eram geralmente estabelecimentos públicos, como cafés, alguns deles eram o café Lion D'or (café para confraternizações e entretenimento), café Levante (centro de reuniões e recreação) e o café Fornos (centro de encontros literários) todos localizados em Madrid.
A geração de 98 foi caracterizada por:
Eles sabiam distinguir entre a Espanha existente, que vivia na miséria, e a Espanha oficial fictícia e hipócrita.
Sentiram um profundo afeto pela Castela dos povos mergulhados no mais absoluto abandono.
Repudiavam a estética do realismo e sua expressão de frase larga e seu caráter minucioso e minucioso, inclinando-se mais para uma linguagem próxima, da rua, de uma linguística mais curta, resgatando palavras tradicionais.
O comportamento adotado por este grupo de jovens artistas foi o pessimismo e a crítica, o que o levou a conviver com o romantismo, sentindo forte atração pelo escritor e político espanhol Mariano José de Larra, principal expoente do romantismo espanhol, a quem eles prestaram uma homenagem bem merecida.