Este é um termo muito usado na mitologia grega, a fim de descrever um local ou reino que se encontra sob a terra e cujo rei é o deus Hades, existem vários elementos característicos deste lugar, entre os principais é importante destaque a presença do Tártaro (um lugar onde os Titãs e outras monstruosidades estão presos), o Asphodel Meadows entre outros. No entanto, deve-se dizer que com o passar do tempo, a representação e interpretação do que é o mundo subterrâneo mudou em grande medida.
O submundo na literatura clássica era descrito como um lugar que se encontrava nos confins da terra, muitos além do horizonte, ou seja, no fim do mundo, sendo este um lugar para onde as almas dos mortos são levadas. Na Grécia antiga era muito comum manter a crença de que naquela cidade havia vários lugares que funcionavam como entradas para ela. As almas dos defuntos tiveram que atravessar o rio Acheron, utilizando a barcaça de Charon, que carregou uma moeda ao subir para poder transportá-los, é por esse motivoque quando uma pessoa morria, era costume colocar uma moeda sob a língua do falecido ou, na falta disso, em ambas as pálpebras, aqueles que não tinham dinheiro estariam destinados a chorar no que era conhecido como prado. Por sua vez, as margens do rio eram protegidas por Cerberus, um cão de três cabeças, além de ter sido ele quem impedia as almas de saírem do submundo ou de entrarem os vivos.
Nas principais áreas do submundo foi possível encontrar os Campos do Asfódelo, um lugar onde as almas dos heróis cuidadosos sofrem. O encarregado de transferir as almas para enfrentar seu julgamento foi Hermes, o que foi feito pelos reis Aeacus, Minos e o irmão deste último, Radamantis, nos casos em que as sentenças eram favoráveis às almas, eles voltaram para os Campos de Asfódelo, enquanto as almas dos pagãos foram condenadas ao caminho do Tártaro, enquanto as almas de pessoas importantes ou heróicas foram transferidas para o Eliseu.