Pertence ao verbo interrogar, que vem do latim “interrogare”, palavra composta pelo prefixo “inter” que designa o que está localizado no meio e pelo verbo “rogare” que se refere a um pedido. Quem pergunta pergunta, porque tem uma dúvida, uma incerteza. Esta situação, não esclarecida ou duvidosa, é o que constitui uma pergunta, e o questionador também é questionado para esclarecer suas dúvidas.
As perguntas podem ter uma resposta imediata, ao longo do tempo ou, diretamente, não têm resposta conhecida. Se alguém questionar uma pessoa sobre as horas e essa pessoa usar um relógio, ela poderá responder a você naquele momento, então a pergunta não existe mais. Por outro lado, se uma mulher está na rua com uma amiga e pergunta a ela qual é o número do telefone de uma terceira pessoa, mas a amiga responde que ela o tem anotado em uma agenda que fica em casa, a pergunta não é respondida. Responde imediatamente, embora possa ser respondido quando a senhora chega em casa, procura a agenda e entra em contato com a outra para responder sua pergunta.
As perguntas se colocam em muitas situações do cotidiano porque, em geral, o que acontece não é passível de uma única interpretação e muitas soluções para os nossos problemas não são expostas, mas devemos procurá-las e não sabemos como. Os pais costumam ter dúvidas ou preocupações sobre se a educação fornecida a seus filhos é apropriada.
Amigos ou amantes podem tê-los na verdadeira intenção do relacionamento e assim por diante. No campo policial, quando um crime é cometido, a questão é saber como o fato aconteceu, por que e por quem. No campo acadêmico, os alunos têm dúvidas, por exemplo, sobre como serão avaliados, se entenderam bem a aula, onde buscar informações e assim por diante.
Porém, por mais que avancemos, é impossível responder a todas as questões, novas questões sempre aparecem que se tornam novos desafios a serem resolvidos. Na verdade, há questões que se apresentam como grandes questões, porque previsivelmente não têm ou terão solução definitiva: a morte, de onde viemos, para onde vamos e outras dúvidas existenciais. Essas questões têm um componente metafísico, pois estão além da nossa compreensão, mas são inevitáveis, são como uma tendência inata do ser humano.
Felizmente, a maioria dos problemas que temos são solucionáveis, então a questão sobre eles pode ser resolvida e uma solução encontrada.
O efeito psicológico de uma pergunta provoca duas reações possíveis: uns podem paralisar-se por não saberem agir e, ao contrário, outros entendem-nos como um estímulo, algo a enfrentar.