O método cartesiano também conhecido como discurso do método é aquele que consiste na aplicação de uma dúvida metódica, ou seja, trata-se de duvidar de toda ou qualquer verdade que se expõe diante de nossos sentidos para reconhecer as verdades que toleram o dúvida metódica, que são as verdades principais sobre as quais uma ideia de realidade deve ser erguida. E é assim que o método cartesiano atua promovendo ou fomentando a dúvida que está em cada uma das realidades sensíveis, comprovando a inconsciência de todos os sentidos do indivíduo. E quando isso acontece, duvidando de todas essas realidades sensíveis, apenas todas as realidades geométricas e matemáticas internas permanecem de pé.
O método do discurso foi idealizado pelo filósofo, matemático e físico francês René Descartes, também conhecido como o pai da geometria analítica e da filosofia moderna, no ano de 1637 publicado em Leiden, na Holanda, para posteriormente ser traduzido para o latim e publicado em 1656 em Amsterdã, com o objetivo de direcionar bem a razão e encontrar a verdade nas ciências. O método cartesiano é uma das obras mais respeitadas e acreditadas da história da filosofia moderna, além de ser de grande importância para a evolução das ciências naturais. René Descartes neste discurso aborda o tema do ceticismo, que foi previamente estudado por Sexto Empírico, Al-Ghazali e Michel de Montaigne.
Este método pode ser aplicado a diferentes tópicos ou questões e possui apenas quatro regras importantes, que são:
1. Regra de evidência, nada é admitido como verdadeiro a menos que seja evidente.
2. Regra de análise, divida o problema em diferentes partes, para resolver mais facilmente o que está sendo estudado
3. Regra de síntese, uma vez que todas as partes são estudadas, é feita uma síntese, um agrupamento de tudo que obtivemos estudando as diferentes partes.
4. Regra das verificações, ao final da síntese, liste tudo e verifique caso algo seja omitido.
