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O que é uma república? »Sua definição e significado

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Anonim

A república é um sistema político que se baseia no estado de direito e na igualdade perante ela e é organizado desta forma e em todos os regimes não monárquicos que se referem ao corpo político da sociedade e à causa pública. Esta será a autoridade máxima que desempenhará as funções por um determinado período de tempo e será eleita por todos os cidadãos, diretamente ou por meio do parlamento nacional.

O que é república

Tabela de conteúdos

Este é definido como um sistema de organização do Estado, cuja autoridade máxima é escolhida pelos habitantes daquele país através do voto (diretamente, em eleições livres onde o voto é secreto) ou pelo Parlamento, Câmara dos Deputados ou Senado, cujos membros são eleitos pelo voto popular. O chefe de estado ou presidente tem o dever de exercer suas funções por um período limitado de tempo.

A etimologia da palavra república vem do latim respublĭca, que significa "coisa pública", "coisa do povo", relacionada ao público ou aos assuntos do povo.

História das repúblicas

Na Grécia antiga, a República de Platão (427-347 aC) foi publicada pelo filósofo. Este trabalho consistia em 10 livros que tratavam de questões enquadradas na justiça, e foi proposta uma cidade ideal cuja forma de governo se baseava em princípios filosóficos. Mas os pilares fundamentais da república foram expostos pelo filósofo, lógico e cientista Aristóteles, que nasceu em 384 e foi escrito entre os 200 tratados, dos quais apenas 31 chegaram.

No entanto, a república como tal tem sua origem na Roma antiga em 509 aC. após a queda da monarquia pela ascensão dos romanos contra o rei Lúcio Tarquinio, época em que a República Romana foi estabelecida. Em princípio, os primeiros obedeciam a algumas minorias privilegiadas, que eram as que realmente detinham o poder.

Durante o Império Romano, houve épocas em que tanto a monarquia quanto a república predominavam alternadamente como sistema de governo. Nos períodos das repúblicas da Grécia antiga, a escravidão ainda existia e aqueles que exerciam o poder eram grupos militares aristocráticos. A chegada do sistema como tal veio quando as monarquias absolutistas europeias caíram no século XVIII, onde o governo da república passou a ficar levando em conta o povo para a eleição de seus governantes.

Um dos primeiros sistemas políticos deste tipo foi o dos Estados Unidos da América, após o fim da guerra pela independência, que terminou em 1783. Em princípio era uma confederação, e mais tarde foi reformada para uma república federal livre com com base em sua Constituição, na qual a separação de poderes foi experimentada pela primeira vez.

A primeira república espanhola teve um breve período, a partir de fevereiro de 1873, quando o rei Amadeo I de Sabóia (1845-1890) renunciou. Este propôs modelos diferentes, dando lugar a um modelo indefinido como uma aliança entre republicanos e radicais. Este período foi caracterizado por passar por múltiplas complicações nas esferas social, econômica e política.

A primeira república do México era federalista, e foi criada em novembro de 1823, que também sofreu instabilidades sociais e econômicas e cenários de violência. Caracterizou-se por ter duas correntes idealistas principais, como o centralismo e o federalismo. O país passou por uma fase que se autodenominou república restaurada, que durou entre 1867 e 1876, no final do império de Maximiliano de Habsburgo (1832-1867), em que a república foi restaurada nas mãos de Benito Juárez (1806- 1872) e Sebastián Lerdo de Tejada (1823-1889), que começou a construir uma nação mais moderna. Após a república restaurada, viria o porfiriato, período em que o México esteve mergulhado sob o controle dos militares Porfirio Díaz (1830-1915), que terminou com a eclosão da Revolução.

É importante ressaltar que, ao longo da história, houve governos que se autodenominaram repúblicas e não respeitaram os direitos humanos. Por exemplo, a China, que é controlada pelo Estado; a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), onde algo semelhante aconteceu; e as repúblicas islâmicas, cujo controle é baseado no Alcorão.

Características das repúblicas

Política

  • Os cidadãos gozam de direitos e deveres sem distinção (Estado de direito), o que lhes confere igualdade perante a lei.
  • Existe a separação dos poderes executivo, legislativo e judiciário, em que cada um goza de autonomia.
  • A lei é estabelecida com base na Constituição ou Carta Magna do país, sendo esta última sobretudo os estatutos em vigor.
  • É a alternativa oposta aos governos tirânicos ou injustos, onde o interesse comum, a justiça e a igualdade são o motivo.
  • Uma ditadura pode ser gerada, por exemplo, no partido único.
  • Os dois tipos de corrupção que reconhece são a oligarquia, que é quando o poder reside num grupo que trabalha pelos seus próprios interesses; e despotismo, que é o aparecimento de um único poder que controla os poderes públicos.
  • Seu governo se aninha nas instituições produzidas nos poderes públicos e definidas na Constituição e em outros estatutos.
  • O executivo toma as decisões do país e apresentará propostas de projetos políticos para o futuro; o legislativo elaborará as normas que regularão as ações do governo; e o judiciário assegurará o cumprimento das regras no âmbito da Carta Magna ou Constituição.

Sociedade

  • Os cidadãos terão participação ativa na eleição de seus governantes por meio da liberdade do voto secreto e direto, pois, dessa forma, os cidadãos podem exercer a participação sem pressão e sem condicionantes.
  • Os assuntos são de interesse público, por isso a comunidade é integrada, uma vez que os governados cooperam no estabelecimento das leis por meio de sua aprovação.
  • A busca do bem comum, em que todos os níveis da sociedade tenham os mesmos direitos e deveres.

Tipos de repúblicas

Repúblicas democráticas

É um tipo de governo da república que depende da Constituição independentemente da instabilidade política. Nessa forma de governo, tanto o povo quanto os governantes estão sujeitos à igualdade de princípios estabelecida em sua constituição. Os governantes são eleitos por voto popular, que governará por um período limitado de tempo.

Repúblicas seculares

Nesse tipo de república, o Estado que está livre de qualquer crença e sobre o qual nenhuma organização religiosa exerce poder, o que implica que as religiões ficam a critério de cada um. Neste tipo de governo, exerce-se a soberania absoluta em que a lei é o princípio supremo que rege a vida pública, onde nenhum outro ente pode estar acima dela.

Repúblicas confessionais

É o tipo de governo que adota determinada religião, que será considerada oficial naquele país. Normalmente este tipo de administração se estabelecerá em decorrência das culturas e tradições daquela nação quanto às crenças daquele território, por isso se manifestará em seu governo. Isso não significa que não haja crença livre no território, embora os casos possam ocorrer de acordo com o nível de tolerância que existe por parte dos praticantes da religião oficial.

Repúblicas federais

É um sistema de governo caracterizado pela associação de entidades sociais, territoriais e políticas, as quais têm autonomia. Estes são compostos por diferentes organizações territoriais e políticas. Cada um desses estados da república é administrado independentemente dos demais, podendo receber o nome de estado, região, província ou cantão, que tem o poder de decidir sobre aspectos de suas leis.

Repúblicas centralistas

São caracterizados pela centralização de sua administração ou política, em que o poder e a tomada de decisões na esfera política cabem exclusivamente ao governo, assumindo também a jurisdição dos estados federados. Esse tipo de doutrina (quase extinta) é motivada pela falta de recursos de cada estado para se sustentar; a necessidade de planejamento da administração daquele país no nível macro; ou a necessidade de investimentos em grande escala que desmoronariam os estados da república.

Repúblicas parlamentares

São aqueles cujo poder legislativo é exercido pelo Parlamento daquele país. O presidente da república será eleito por eleição popular ou pelo parlamento, mas a sua figura é praticamente representativa e mediadora porque não possui poderes reais, ou em todo o caso, os seus poderes são limitados. O primeiro-ministro é quem está à frente da administração e, geralmente, vêm de uma monarquia anterior.

Repúblicas presidenciais

Este tipo de governo é regido pelos poderes estabelecidos na Constituição, tais como Executivo (o presidente, que também ocupará os cargos de Chefe de Estado e de Governo), Legislativo (Congresso) e Judiciário. A eleição do Chefe de Estado obedece estritamente ao povo por meio de eleições diretas. Esse sistema oferece maior estabilidade do que a república parlamentarista, já que o presidente terá prazo determinado, enquanto o primeiro-ministro pode ser destituído em algum momento.

Repúblicas semi-presidenciais

Também conhecido como semiparlamentar, é caracterizado por ser composto por um presidente, um primeiro-ministro e um gabinete. O chefe de estado é eleito pelo povo e tem participação nas decisões; o primeiro-ministro (eleito pelo parlamento) dividirá o poder com o presidente; e o gabinete é escolhido pelo presidente e deve zelar pelas leis.

Exemplos de repúblicas

  • República Tcheca. Caracteriza-se por ser democrático e parlamentar, uma vez que suas leis são regidas pela Constituição e por outro documento denominado Carta das Liberdades e Direitos Fundamentais. Nesse sistema, o presidente é o Chefe do Governo, que tem funções cerimoniais e pode inviabilizar ou devolver projetos de lei apresentados por seu Parlamento. Até 2013, seu presidente era eleito diretamente pelo Parlamento, mas, a partir desse ano, chegou ao poder por eleição popular.
  • República do México. Esta nação é do tipo representativa (governada pelos representantes do povo); federal, porque é dividido em estados; e democrático, porque tem uma Constituição.
  • República Dominicana. É democrático e representativo, visto que o presidente desta nação exerce a função de Chefe de Estado e, ao mesmo tempo, de Chefe de Governo. Além do acima exposto, é multipartidário. Os seus poderes executivo e legislativo são exercidos pelo governo, pelas duas câmaras legislativas (que são o Senado e a Câmara dos Deputados), respetivamente; enquanto o judicial é separado dos dois poderes anteriores.
  • República do Congo. É caracterizado por ser presidencial e multipartidário. Até 2009 existia a figura do primeiro ministro; entretanto, desde 2016 essa última posição foi retomada. Apesar disso, o sistema de governo continua sendo governado por seu presidente. É importante mencionar que não deve ser confundido com seu país vizinho, a República Democrática do Congo.
  • Perguntas frequentes sobre a República

    O que é uma república?

    É um sistema de administração nacional em que o poder é exercido através do chefe de estado ou do parlamento, por eleição prévia do povo por voto universal.

    O que é uma república como forma de governo?

    É uma forma de governo em que a autoridade é exercida por uma figura não monárquica, em conjunto com outras autoridades que podem representar agentes da democracia, oligarquia, parlamentarismo, entre outros, e os poderes são divididos.

    Quais são os diferentes tipos de república?

    Existem repúblicas democráticas, seculares, confessionais, federais, centralistas, parlamentares, presidenciais e semipresidenciais.

    O que é uma república federal?

    É aquele em que entidades autônomas estão associadas, que são administradas de forma independente e têm o poder de decidir sobre suas leis.

    O que é uma república centralista?

    É aquele em que sua política está centralizada no governo, que realiza todas as tomadas de decisão.