Abstenção significa falta ou privação de fazer, exercitar ou consumir algo, aplicando-o nas mais diversas áreas. É um " Não se ofereça ", pelo qual alguém permanece passivo a um estímulo. Abstenção, termo derivado do latim " Abstentio ", é uma omissão de fazer ou não agir que normalmente não produz nenhum efeito jurídico, embora às vezes possa ser considerada como a exteriorização de uma determinada vontade e nesse sentido ser levada em consideração por lei. Na ciência política, é o ato pelo qual um potencial eleitor em uma eleição decide não exercer seu direito de voto, quer em eleição geral, quer em procedimento parlamentar, o representante está presente na votação mas não vota.
Em ambos os casos, a matéria depende do resultado do voto dos eleitores que votaram, como é o caso do voto em branco ou do voto nulo. Mesmo quando nos regimes democráticos a cidadania está associada ao dever cívico ou moral de votar, que em alguns sistemas jurídicos se torna um dever legal, a abstenção eleitoral aparece com o próprio sufrágio. Consiste simplesmente na não participação no ato de voto de quem tem o direito de fazê-lo. A abstenção eleitoral, que faz parte do fenômeno mais amplo da apatia participativa, é um indicador de participação: mostra a porcentagem de não eleitores sobre o total de quem tem direito a votar.
Ainda que para efeito de quantificar o grau de ignorância popular por abstenção, a abstenção é considerada para coletar tanto os votos dos que se dizem ignorantes das questões políticas (apolíticas) quanto dos que não estão satisfeitos com o próprio sistema ou não dos candidatos ou partidos que são apresentados, por isso muitas vezes é difícil discernir abstenção por ignorância e abstenção de protesto. Atualmente existem países com expressivos índices de abstenção na questão eleitoral, como é o caso da Venezuela, porém, existem campanhas de ambos os lados da disputa com o intuito de que o cidadão seja acionado e vá pular para colaborar com o decisão que no final pertence a todos.