O apolinarismo é uma doutrina de heresia dentro do Cristianismo, seu nome vem de seu principal pregador Apolinário, o Jovem, que foi bispo de Laodicéia (Síria), por volta do ano 361, após já ter dedicado sua vida ao estudo das escrituras o ensino dos padres sírios, embora uma vez assumido a posição de bispo, passou a pregar sermões que não eram fiéis à doutrina católica. Sua doutrina se baseava na negação da natureza humana de Jesus Cristo, ele argumentava que Jesus não era humano, que era um ser divino encarnado em um corpo sem alma, que foi substituído pelo Verbo. Essa negação resultou nas doutrinas de Apolinário sendo punidas pelo Papa Damaso (37º Papa de Roma).
Apolinário procurou explicar como Jesus, sendo um ser divino, também poderia ser humano. Ele ensinou que os seres humanos são compostos de corpo, alma e espírito e que na figura de Jesus sua humanidade foi aliviada pelo Logos. Apolinaris negou a alma humana de Cristo, acreditando que se Jesus tivesse alma humana, seria igual a outras pessoas, ou seja, com pecados; fingindo com isso, salvar a divindade de Cristo.
Essa doutrina foi considerada uma blasfêmia contra Deus, e eles foram duramente condenados, visto que a igreja afirma que a alma humana de Jesus Cristo não tinha pecado.
O primeiro concílio ecumênico de Constantinopla incluiu o apolinarismo na lista das heresias. Na época em que Apolinar morreu (392), ele nunca retificou e morreu mantendo sua mesma crença. Muitos de seus seguidores queriam continuar pregando os mesmos princípios, na Síria, Fenícia e Constantinopla, porém poucos sobreviveram a ele, e no ano 416 não havia sobrado nenhum, já que muitos retornaram à santa igreja e outros se desviaram em direção ao monofisismo.