O Código de Hamurabi é chamado de uma série de leis muito antigas que foram mais bem preservadas até hoje. As suas regras baseiam-se na aplicação da lei Talión, são gravadas na pedra e, no seu conjunto, são consideradas o prelúdio de alguns conceitos jurídicos modernos. Este conjunto de estatutos é de origem divina e imutável. Eram consideradas regras fundamentais, que haviam sido escritas com o objetivo de regular a vida cotidiana dos povos da grande Mesopotâmia e não estavam sujeitas a mudanças nem mesmo pelo rei. O código data de 1692 aC e é representado por uma grande estela de basalto medindo 2,25 metros.
A área que mais desperta o interesse na estela é, sem dúvida, o texto inscrito, que está gravado em caracteres cuneiformes corretos e claros na língua acadiana. Composto por um total de 52 colunas de texto, que são divididas em caixas para dar um total de 3.600 linhas, escritas da direita para a esquerda e de cima para baixo. Do total de colunas que o compõem, 24 estão localizadas na frente e as demais 28 nas costas. Por causa de uma série de eventos históricos, perderam-se sete colunas da sua parte frontal, no entanto, uma parte delas foi reconstruída graças a outras cópias dessa estela que foram recuperadas por arqueólogos. Tudo isso nos permitiu conhecer um total de 282 artigos, porém, é importante destacar que no texto original deveria haver mais.
O Código de Hamurabi foi escrito na antiga Babilônia e estabelece várias regras da vida diária. Dentre os quais podem ser destacados:
- Sociedade hierárquica: existem três grupos, homens livres, os "muskenu", cuja tradução especula-se que poderia significar servos e, finalmente, escravos.
- Preços: Os custos de atendimento ao médico variam conforme se trata de um homem livre ou de um escravo.
- Salários: podem variar em função da natureza das funções desempenhadas.