Ao nível do sistema nervoso, um tipo de células especializadas chamadas "neurônios" funcionam, este tecido particular é responsável por enviar informações para todo o corpo através de uma intercomunicação chamada sinapse, esta informação é conhecida como impulso nervoso e é transmitida de neurônio em neurônio sem estabelecer contato físico, é essencial executar qualquer movimento neuromuscular. A transmissão desses impulsos tem que ser de forma regulada, no momento em que se tornam exacerbados ou acelerados ocorre a convulsão, quando o paciente convulsiona é porque estão produzindo descargas paroxísticas (sinapse acelerada) ao nível neuronal, executando uma descarga. totalmente anormal com hipersincronia entre um grupo de neurônios.
A hipertransmissão dos impulsos nervosos provoca contrações anormais de todos os músculos ao nível do corpo, esses movimentos são classificados como tônico-clônicos porque duas fases de contração podem ser diferenciadas: na fase tônica é característico que apresentem perda de consciência seguida de rigidez corporal significativa, enquanto na fase clônica a mobilidade rítmica é observada no nível muscular. As crises de acordo com o número de músculos afetados podem ser classificadas em parciais e generalizadas, as crises parciais são aquelas que ocorrem em uma área específica, pode ser uma mão, no olho, etc., enquanto a generalizada é uma crise em todos os tecidos musculares do corpo humano.
As manifestações clínicas apresentadas em um paciente com convulsão podem ser: perda de consciência, contração muscular prolongada, rigidez na fase tônica da convulsão, a secreção da mucosa oral está significativamente aumentada (sialorreia), isso se deve ao efeito a partir do aumento da concentração de neurotransmissores parassimpáticos, por sua vez, há retroversão (retração do olho), relaxamento de todos os esfíncteres(fecal, urinário, esofágico) e, por último, estado pós-genital que é a fase pós-convulsão, nesta fase o paciente apresenta pupilas com baixa reação à luz e normalmente permanecem midriáticas (pupilas dilatadas). Fala-se de convulsões quando essas descargas paroxísticas ocorrem entre 0 a 7 anos, se o período de início ultrapassar sete anos diz-se que o paciente tem epilepsia.