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O que é corporativismo? »Sua definição e significado

Anonim

O corporativismo é definido como um sistema ou conceito econômico e político em que o poder de decisão está nas mãos das organizações e não das pessoas. Nesse sistema, quem dirige as grandes empresas é quem negocia e assina acordos, que passam a ser as regras pelas quais a sociedade deve ser governada, regras essas que geralmente estão associadas às decisões econômicas.

Geralmente, o corporativismo é constituído pela comunicação ou interação de três setores: as associações patronais , as associações sindicais e o governo como negociador de ambas. Na verdade, para que exista um verdadeiro corporativismo, a sociedade deve ser dividida em classes (empresários, trabalhadores, etc.)

O corporativismo em seu sentido moderno se originou na Itália após a Primeira Guerra Mundial, foi criado por Benito Mussolini como um método de controle social para consolidar o Estado. Segundo essa doutrina, o corporativismo reuniria trabalhadores, empresários e governo. Sua competência incluiria desde a determinação de salários, a solução de conflitos trabalhistas, a coordenação na produção, a enunciação de contratos coletivos de trabalho e a previsão de todo tipo de greve que provoque o fechamento de empresas.

É importante notar que este termo não tem sido muito bem visto, pois para muitos o corporativismo é utilizado para designar medidas econômicas que buscam apenas o benefício de um setor, geralmente das grandes elites (empresários, dirigentes sindicais, governantes). Por isso, para garantir que as decisões tomadas sejam mantidas ao longo do tempo, é fundamental que a estrutura interna de cada órgão seja verticalizada, o que resulta em atos de corrupção, fraudes internas nos sindicatos, etc.

Os estratos inferiores (trabalhadores e pequenos comerciantes) estão localizados na base da pirâmide e se houver alguma divergência de sua parte, as reivindicações seriam feitas internamente dentro da corporação, chegavam ao topo e daí geravam interação com outras empresas. Essa metodologia trouxe descontentamento nos setores inferiores (trabalhadores, pequenos comerciantes) por não se sentirem verdadeiramente representados.

O mais comum dentro do corporativismo é que as duas principais corporações representadas pelas empresas e pelos sindicatos negociaram, tendo o governo como mediador, já que o Estado deveria exercer um papel neutro. No entanto, como o Estado tinha representantes em ambas as partes, seu papel como árbitro era questionável. O que isso mostra é que o Estado acaba se intrometendo muito na economia e na sociedade.