A ditadura é o nome dado a um sistema de governo, caracterizada principalmente pela centralização do poder em um indivíduo e a anulação da direita e bem-estar das pessoas. Segundo historiadores, esse sistema foi criado na Roma Antiga, sendo Tito Larcio o primeiro com o título. Além disso, é importante mencionar que existem vários tipos de ditadura, cada uma com características próprias, entre as quais podemos citar a ditadura monárquica, a ditadura unipartidária, a ditadura unipessoal e a ditadura híbrida.
O que é uma ditadura
Tabela de conteúdos
A definição de ditadura refere-se a um sistema governamental onde todos os poderes de um Estado estão centralizados em uma pessoa ou, na sua falta, em um grupo delas (partido político). O ditador é caracterizado por não permitir que suas decisões ou ideias sejam contestadas e por ter autoridade e poder absolutos. Pode-se então dizer que se trata de um governo antidemocrático, no qual o povo não tem qualquer participação.
Tomando a democracia republicana como exemplo, o poder é segmentado em três partes, que são o poder executivo, o poder legislativo e o judiciário, já que em uma ditadura não há lugar para tal divisão de poderes, pois, como foi dito, o poder cai sobre uma única pessoa ou grupo, fato importante quando se trata de entender o que é uma ditadura.
Da mesma forma, vale ressaltar que o conceito de ditadura também tem certos aspectos semelhantes aos dos chamados regimes totalitários, sendo que geralmente a ditadura se instaura pela força, ou seja, por meio de ameaças aos que se opõem a ela. seu regime, coerção ou um golpe.
Para entender o que é uma ditadura, é importante conhecer a sua história, segundo os historiadores, a noção de ditadura na história remonta à época do grande Império Romano, onde era possível delegar todo o poder sobre uma pessoa, isto por geralmente era feito em tempos de crise, que então eram problemas surgidos por causa das guerras.
Com o passar do tempo, as ditaduras se caracterizaram pela presença de um elemento constante, e é a presença militar, pois através desta força conseguem apoiar o ditador, enquanto os militares se encarregam de reprimir todos os que se opõem o ditador, por sua vez, instila o medo para evitar dissensões.
Por outro lado, há também o conceito de ditadura constitucional, assim denominada porque presumivelmente o ditador respeita o que está em vigor na lei, mas o que ele realmente faz é violar a legislação para exercer seu poder. Levando em consideração o já citado significado de ditadura, pode-se afirmar que ditadura é toda força que executa um domínio imponente, exemplo disso pode ser refletido na seguinte frase: “a ditadura da internet é imposta aos mais jovens”.
O que é um ditador
Como deveria ser lógico, em um sistema ditatorial, o líder do governo é identificado sob o título de ditador, uma das características mais comuns do ditador é que ele tem uma personalidade forte e imponente, que costuma usar para suprimir a liberdade de expressão e a opinião pública em geral, conseguindo assim manter o seu poder, mantendo a estabilidade social e política.
Na política, para entender o que é um ditador, a primeira coisa a saber é que ele é um indivíduo (governante) que assume a autoridade de todos os poderes do Estado e, consequentemente, não está sob o controle de nenhum dos Estados. eles.
O ditador é considerado a autoridade máxima em qualquer área, tanto civil quanto militar, geralmente o ditador ascendeu ao governo de forma ilegítima, como por meio da execução de um golpe de estado a par do setor militar, ou na sua falta, o O setor militar é aquele que acompanha o setor civil para executá-lo. O ditador não respeita o que a justiça estabelece, mas pelo contrário faz o que a sua vontade manda.
Um dos ditadores mais conhecidos na região foi o Major General Antonio López de Santa Anna, que foi presidente do México em pelo menos seis ocasiões, mas apenas seu último governo é classificado como a ditadura de Santa Anna.
Características de uma ditadura
1. Poder sem limites: como indica a definição de ditadura, não há limite ou controle sobre as decisões que o ditador toma. Ao longo dos anos, os ditadores caracterizaram-se por cruzar os limites legais e morais, sem sequer se preocupar em apresentar argumentos lógicos para justificar as ações que estão realizando. Desta forma, eles cometeram barbaridades, como assassinatos em massa, privação injustificada de liberdade, desaparecimento de pessoas, etc.
2. Não existem leis constitucionais: outra das características da ditadura é que, pelo facto de não haver repartição de poderes, as leis que se estabelecem são aquelas apresentadas pela figura de autoridade de quem está no poder, ou seja, não existem leis constitucionais. O povo não tem leis que garantam sua segurança e bem-estar, pois geralmente a constituição é modificada para atender às exigências do ditador e da minoria que representa.
3. Intrusão na vida privada das pessoas: geralmente, nas ditaduras, as forças armadas têm autoridade ou capacidade para privar da liberdade qualquer indivíduo que seja considerado uma ameaça, podendo também solicitar objetos e dados pessoais, incluindo eles podem violar a propriedade privada sem qualquer tipo de sanção judicial.
4. Esmaecimento da figura do presidente: embora pareça estranho, muitas vezes a figura do ditador é chamada de presidente. Como o termo presidente é aquele que designa a figura máxima de um governo democrático, pode-se dizer que há um esmaecimento da figura do representante máximo. É preciso esclarecer que mesmo quando em certas ditaduras o ditador é chamado de "presidente", ele não possui um aparato democrático para apoiá-lo.
5. Controle dos meios de comunicação: todo governo ditatorial se caracteriza pela fiscalização do conteúdo que é tratado na mídia, da mesma forma que o faz com seus trabalhadores, inclusive jornalistas, controlando assim as informações que vêm à tona e, conseqüentemente, manter a população sob seu controle através da persuasão.
É comum a intervenção deste tipo de mídia, pois é através dela que se incutem na população os aspectos positivos do ditador, o que faz com que a figura do ditador seja frequentemente elevada à de um pai protetor que o que ele quer é o benefício para seu povo.
6. Violação dos direitos humanos: nesses governos de facto (não são reconhecidos por nenhuma norma legal) a ausência dos direitos dos cidadãos é total, isto inclui os direitos humanos. Nestes governos podem ocorrer confrontos violentos, como a guerra, com o único propósito de justificar os atos de violação dos direitos humanos aos cidadãos daquele Estado, podendo mesmo atravessar fronteiras violando os direitos de outros países.
7. Controle pelo medo: as ditaduras geram e promovem o medo de perseguição aos seus cidadãos. Toda ditadura controla e domina o povo através do terror, os ditadores instilam no cidadão o medo de serem perseguidos, torturados e até mortos, tudo isso se não cumprirem as ordens da ditadura.
8. A igreja como meio de dominação: outro aspecto a destacar é o fato de que as ditaduras ao longo da história precisaram de aprovação espiritual, por isso em várias ocasiões esses governos concedem grande poder à igreja (geralmente católica), e é esta instituição que se encarrega de "dirigir" novamente as almas daquelas pessoas que se desviaram de seu curso espiritual.
9. Erros comuns das ditaduras: em consequência do medo que geram no povo e em tudo o que rodeia o ditador, os conselheiros desse governante procuram, tanto quanto possível, evitar expressar qualquer tipo de opinião ou crítica diferente das expressas por o mandatário. Por isso, cria-se um ambiente em que os erros são recorrentes e, em muitos casos, podem ser a causa do fim do regime.
Tipos de ditadura
Ditaduras militares
A ditadura militar é o tipo de governo autoritário que se instaura no poder, através das Forças Armadas, assumindo o controle total dos órgãos públicos de natureza jurídica, executiva e legislativa. A ditadura militar costuma surgir como consequência de uma situação social, política e econômica instável, o que leva as forças militares a se manifestarem contra o atual governo, executando também o que se conhece como golpe de Estado, aliás. forma de erradicá-lo e estabelecer uma nova ordem.
Da mesma forma, é possível que haja uma ditadura desse tipo após a realização das eleições eleitorais, em que o candidato vitorioso esteja vinculado ao alto comando militar e por isso lhe conceda grande poder político.
Em geral, os argumentos que se apresentam quando há ditadura militar é que o que se busca com isso é restabelecer a estabilidade naquele país, mas com a ressalva de que o fará por decreto de estado de emergência ou emergência, que implica uma série de ações violentas, incluindo também a cessação das liberdades civis e garantias de direitos.
Exemplo disso é a ditadura argentina que se instalou em 1976, por meio de um golpe de estado ocorrido em 24 de março do mesmo ano, cujo governo esteve presente até 1983, quando foi eleito por votação. Raúl Alfonsín.
A ditadura militar na Venezuela data da década de 1950, especificamente entre 1953 e 1958, instituída pelo militar venezuelano Marcos Pérez Jiménez. Embora classificado como ditador, seu legado é reconhecido até hoje, pelo grande número de obras e avanços ocorridos nesse período, razão pela qual é conhecido como uma das mais emblemáticas ditaduras ibero-americanas.
Da mesma forma, a ditadura chilena, conhecida como regime militar, foi instaurada no país em 1973 e até 1990 esse sistema de governo vigorou naquele país. O que deixa clara a presença constante de ditaduras na América Latina há várias décadas.
Ditaduras de partido único
A definição de ditadura de partido único é utilizada para descrever outra das variantes do sistema político que compõe um governo ditatorial, caracterizado principalmente pela existência de um único partido político. É possível que existam outras organizações políticas, mas de menor porte e sem possibilidade de representar um perigo real para os objetivos do Estado.
As ditaduras de partido único, ao contrário das ditaduras clássicas, costumam convocar eleições para ter alguma legitimidade. É por isso que, neste tipo de cenário, a presença de “eleições livres” não prova a existência de democracia. Nos modelos de partido único, nem sempre é necessário estabelecer a ilegalidade dos partidos de oposição, pois, mantendo o controle das oportunidades, vantagens e instituições da ordem política, podem garantir a continuidade do partido único.
O sistema de partido único possui certos elementos que permitem diferenciá-lo de outros sistemas de governo do mesmo tipo, entre eles a concentração de poder, impede ou nega o direito à alternância política, controle total dos processos eleitorais, interpreta abertamente os princípios Democratas e leis. Da mesma forma, pode ser dividido em Partido Fascista Único, Partido Nacionalista Único, Partido Marxista-Leninista Único e Partido Predominante Único.
Ditaduras personalistas
As ditaduras alfandegárias são regimes em que o poder é de uma só pessoa, esse tipo de ditadura se diferencia das demais pelo fato de acessar cargos políticos importantes, e também por estar sujeita, na maioria das vezes, à vontade do ditador pessoa inteligente. Nesse caso, o ditador personalista pode pertencer ao alto comando de um partido político, ou, na sua falta, às Forças Armadas, porém nem o partido político nem o exército exercem o seu poder independentemente do ditador, da mesma forma que na ditadura Os cargos seniores personalizados são geralmente ocupados pelo círculo próximo do ditador (amigos e familiares), que geralmente são escolhidos a dedo para ocupar esses cargos.
Ditaduras monárquicas
As ditaduras monárquicas são aquelas em que o ditador (de ascendência real) sobe ao poder graças às leis ou práticas legais que a constituição estabelece naquele estado. Cumpre esclarecer que um regime não pode ser classificado como ditadura, se a posição do monarca for primordialmente cerimonial. O monarca deve exercer um poder político real para que possa ser considerado uma ditadura monárquica, por sua vez as elites costumam ser parentes do próprio monarca.
Ditaduras híbridas
O conceito de ditadura híbrida é usado para descrever a estrutura de governo que funde elementos de ditaduras personalistas, militares e de partido único. Quando essa combinação ocorre, recebe o nome de “tripla ameaça”, sendo as formas mais frequentes de ditadura híbrida a híbrida personalista / partido único e a híbrida personalista / militar.
Academicamente falando, o que se sabe sobre ditaduras híbridas é relativamente novo, sua primeira aparição nos livros de história foi nos textos sobre democracia de Philippe Schmitter e Guillermo O'Donnell, onde citam “a transição de um governo autoritário pode gerar uma democracia ou, na sua falta, pode acabar em um regime autoritário liberalizado ou em uma democracia liberal restritiva.
Alguns dos países com ditaduras desse tipo são Cingapura e os países árabes, estes últimos nos últimos anos vêm incorporando elementos da democracia como a constituição, o multipartidarismo, as instituições representativas, o ordenamento jurídico, entre outros.
História das ditaduras mundiais
Antigamente, em Roma, a ditadura era vista como uma instituição extraordinária de duração ilimitada, à qual se recorre quando existiam situações de extrema emergência, obedecendo a certos procedimentos e dentro dos limites constitucionais, sendo assim os cônsules eram obrigados a designar a um ditador, para assumir o poder até que a situação se normalize. Originalmente, esse título deveria cobrir um máximo de 6 meses e depois foi estendido para 12 meses.
Os poderes conferidos ao ditador eram totais, mas da mesma forma o ditador teve de responder por suas ações perante a lei, que exigia uma justificativa após o término da ditadura.
De acordo com os historiadores, a ditadura surge na sequência de uma proposta por Tito Lárcio, que também foi o primeiro a ser nomeado ditador. O cargo foi designado para cumprir um objetivo específico e, apesar da amplitude de seus poderes, eles não eram limitados.
Já com César e Sila, a ditadura que estava em declínio há muito tempo, tomou um novo rumo, pois sua duração e poderes foram ampliados, o que permitiu seu uso para fins pessoais. A conotação cesarista, que mais se assemelha à tirania do que à ditadura tomás, teve figuras ditatoriais na Idade Média e na Moderna, relacionadas às formas republicanas de governo.
A primeira ditadura moderna foi a jacobina francesa, fundada entre 1793 e 1794, que se diferenciava de suas antecessoras por possuir os instrumentos de controle próprios de um Estado centralizado, além de contar com o apoio do povo mobilizado pela ideia do soberania nacional, bem como pela concentração do poder no executivo em detrimento do legislativo.
O modelo da ditadura teve como consequência diversos abusos, que, longe de parar, foram se tornando cada vez mais seguidos pelo exercício pessoal das ações governamentais. Na Europa da Idade Média declinou devido à distribuição feudal das estruturas de poder, da mesma forma que com o surgimento dos Estados modernos nos séculos XV e XVI, uma nova abordagem foi dada às monarquias.
A ditadura perfeita
A ditadura perfeita é o nome de um filme mexicano que estreou em 2014, pertencente ao gênero de comédia e sátira política. Seu diretor e produtor foi Luis Estrada, enquanto o libreto foi uma colaboração entre Jaime Sampietro e o próprio Estrada. Entre os atores que participaram deste filme podemos citar Damián Alcázar, María Rojo, Silvia Navarro, Osvaldo Benavides, Alfonso Herrera, Joaquín Cosío e Salvador Sánchez.
O filme critica fortemente o governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto, que ainda ocupava o cargo para a estreia do filme, destacou a rede de corrupção que estabeleceu com a empresa Televisa, a mais importante empresa de mídia de comunicação de toda a América. A ditadura perfeita foi registrada na Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas, representando o México no Prêmio Goya 2015.