O termo ecolocalização é formado por dois conceitos, eco e localização. Desta forma, falamos de ecolocalização para expressar a capacidade de perceber o espaço de percepção das ondas sonoras que nele são geradas.
Essa habilidade é característica de alguns animais, como o morcego ou o golfinho. Os morcegos orientam-se com absoluta precisão no escuro graças a este sentido.
Esse sistema permite que eles caçem insetos invisíveis para outros animais e se movam com pouca visão. No caso dos golfinhos, possuem um sistema sonar extremamente sensível que lhes permite deslocar-se nas profundezas do mar, caçar presas e evitar obstáculos. Tanto o morcego quanto o golfinho emitem rajadas na forma de impulsos sonoros e isso lhes permite obter informações do espaço físico que os cerca (o retorno do eco é o que lhes dá todas as informações).
Muitas espécies de morcegos usam a ecolocalização para se orientar e determinar o tamanho, a velocidade e a direção de suas presas. Ele produz sons ultrassônicos da laringe, emitidos pelo nariz ou boca, embora o mecanismo de produção seja desconhecido. Seus sons para ecolocalização estão na faixa de 20-100 kHz.
Como o som viaja muito mais rápido pela água do que no ar, a ecolocalização é um dos sentidos mais importantes para os membros da subordem Odontoceti.
Os golfinhos emitem conjuntos rápidos de pulsos ultrassônicos quando localizam a presa. Não importa se seu potencial alimento é muito ágil ou se as águas são muito escuras ou turvas, a ecolocalização permite identificar o tamanho, forma, composição, velocidade e direção da presa; conseqüentemente, os golfinhos são capazes de aprender o tipo de eco que certos animais emitem, com o qual podem reconhecer sua presa favorita.
Os golfinhos clicam e aguardam o retorno do eco (retardo do eco). O tempo entre dois cliques é menor à medida que o golfinho se aproxima de seu alvo (Hughes, 1999). Existem experiências que mostram que o atraso do eco é constante no tempo se colocarmos um objeto a uma distância constante. Se removermos o objeto, o retardo do eco não muda (Au, 1993). A duração do clique é de 70 a 100 microssegundos.