A educação comunitária é a participação de pais e organizações naturais, professores e alunos no funcionamento das unidades educacionais centrais, da área, da região ou do nível plurinacional, na gestão educacional, na definição de seus objetivos gerais, na realização decisões importantes para a vida escolar, respondendo de forma adequada e pertinente às necessidades multiculturais e multilingues.
A educação comunitária é um caminho para a formação do cidadão autônomo. Para Paulo Freire, representa um projeto de vida, constitui uma esperança emancipatória que se inscreve numa ética profissional da educação em contextos de vida. Mais uma vez o problema de "ser em si" e "fazer parte" surge, a esperança é a projetar homens para aprender a realidade e pensar como para transformá -lo. É por isso que pensam na relação do professor com a comunidade, é abrir caminhos diretos com a realidade que contextualiza a escola.. Nesse sentido, para além das relações de solidariedade e reconhecimento, problema, o professor aprende comparando seus níveis teóricos com a práxis da vida humana.
A educação na perspectiva da comunidade está ligada às necessidades cognitivas e à transformação social das pessoas em questão. Esse processo leva a um encontro permanente com o “outro” que a escola formal não apresenta e que a humanidade rompe com a necessidade de trabalhar em sociedade. A vida torna-se cenário para aprender a resolver, a cada dia, a diversidade de dificuldades que vão surgindo. A experiência do coletivo é um vínculo intersubjetivo que se torna uma força para pensar a realidade.
Para a educação comunitária, por sua própria definição ontológica, é importante considerar a relação básica entre consciência e experiência. Pensar é viver para resolver o problema entre realidade e vida e a realidade vivida. A consciência não pode permanecer no plano ideal, ela tem que transcender porque, se não fosse a luta por um mundo melhor, seria o sentido e o valor da perseverança. A educação da comunidade deve estimular a reflexão sobre a relação pensamento-realidade. O pensamento pode ser uma forma de fazer avanços sexuais para intervir em processos reais. Essa intervenção é uma ruptura com o ser contemplativo, para que produza os movimentos qualitativos do pensamento e, portanto, do agir sobre a realidade.
A educação comunitária se baseia no que acontece na vida, por isso prepara o homem para agir na vida. Para que esse processo se cumpra, é preciso despertar estados mentais que eliminem o conhecimento de sua base psíquica, para mudar seu tamanho como base de uma ação comunitária. Deve-se notar que a educação comunitária é, por definição, vinculativa à realidade, pois deve existir em harmonia com a comunidade e com o conteúdo da comunidade.