A consanguinidade é uma prática segundo a qual um grupo de indivíduos rejeita ou nega a incorporação de outros indivíduos que não o próprio grupo. A consanguinidade é um comportamento ou atitude social em que membros de outros grupos são impedidos de se associarem ou se unirem, seja para casamento ou reprodução, com membros de um determinado grupo.
Nesse sentido, os grupos endogâmicos costumam ter limitações nas uniões ou casamentos de seu grupo levando em consideração fatores como: linhagem comum, pertencer à mesma classe social ou ter ancestralidade, ter a mesma religião, fazer parte do mesmo grupo étnico, ou ser nativo da mesma área geográfica.
Antigamente, a consanguinidade era comum por vários motivos: estabelecer alianças com outros grupos da mesma classe social (aristocratas, burgueses), manter a pureza de uma raça e manter o poder dentro da mesma família (aristocracias, grupos hegemônicos)
Em relação ao mundo animal, também é possível falar em consanguinidade, que seria o cruzamento de membros de uma raça geneticamente isolada ou pertencente a uma mesma família. Em termos de biologia, a consanguinidade entre membros da mesma família costuma ser uma prática com consequências negativas (as alterações genéticas ocorrem com mais frequência e os descendentes estão mais sujeitos a doenças).
Cada grupo profissional tem seus códigos, regulamentos e costumes. Esses elementos de conexão e link fornecem alguma endogamia. Sendo uma forma de se proteger e evitar a rivalidade de outros grupos semelhantes. Ao mesmo tempo, a consanguinidade profissional é um mecanismo de ajuda mútua entre membros de um setor. Pode-se dizer que é uma espécie de regra não escrita que pode ser resumida no seguinte princípio: "Eu te ajudarei a me ajudar se eu precisar". Existem algumas expressões que indicam esse costume (por exemplo, entre os bombeiros não é preciso pisar na mangueira ou isso é entre nós).
A consanguinidade profissional é uma prática de trabalho rejeitada do ponto de vista ético, pois tende a proteger as pessoas por fazerem parte de um grupo, sem levar em conta a legitimidade de seu comportamento.
A exogamia é o oposto da consanguinidade. Nesse sentido, é a prática de associar ou estabelecer união conjugal entre pessoas de diferentes origens, grupos sociais, étnicos, religiosos ou geográficos. A biologia, por sua vez, considera a exogamia como o cruzamento entre indivíduos de diferentes raças, populações ou comunidades, resultando em uma prole cada vez mais heterogênea no nível genético.