Termo grego, cuja raiz significa "conhecimento", que muitas vezes é traduzido como "ciência", e com o qual os filósofos gregos se referiam ao conhecimento verdadeiro, em oposição ao conhecimento aparente, crença razoável. Para Platão, a episteme é o verdadeiro conhecimento, que só pode ser conhecimento do imutável, da verdadeira realidade, das Idéias, em oposição à "doxa", à "opinião", ao conhecimento da realidade sensível.
Para Aristóteles, porém, a episteme seria o conhecimento obtido por meio da demonstração.
Segundo Platão, a verdade está naquele mundo das idéias que é o modelo do mundo sensível. O ambiente material é aparente, mutável, corruptível e confuso. Este mundo sensível é conhecido pela doxa, ou seja, opinião. No entanto, existe uma diferença muito importante entre opinião e doxa. Platão considera um risco fazer deduções gerais da doxa que são óbvias.
A epistemologia teve suas origens na Grécia Antiga, e seu apogeu começou no século XVII, tornando-se o centro da reflexão filosófica. A filosofia europeia define a epistemologia como a teoria do conhecimento geral e a tradição inglesa como a filosofia da ciência. na verdade, Aristóteles a apontava como a ciência cujo objetivo é conhecer as coisas em sua essência e em suas causas. Obviamente, a epistemologia é um conjunto de conhecimentos que tem a ciência como objeto de estudo ao se referir à natureza, estrutura e limites do conhecimento humano.
Deve-se considerar que nas últimas décadas surgiu uma diversidade de discursos científicos a partir da pluralidade de posições epistemológicas e de novas perspectivas de pesquisa que se inserem no termo paradigma. Aqui é importante mencionar a Thomas Kuhn que em seu livro a estrutura das revoluções científicas se refere ao termo como formas de trabalhar e tipos de questões sobre a realidade que fornecem modelos de problemas e soluções para uma comunidade científica.