O termo Equidade é amplamente utilizado no direito, vem do latim “ aequĭtas” , pois é uma base para estabelecer os parâmetros sobre os quais funciona a justiça. Muitos confundem justiça com eqüidade, mas o verdadeiro é o preceito estabelecido pelo Jurisconsulto Ulpiano em que afirma que eqüidade nada mais é do que a intenção de dar a todos o que merecem. Daí surge a necessidade de outorgar à sociedade o estabelecimento de normas para que as cumpra de forma a cumprir com a equidade e consequentemente com a justiça.
O compêndio de leis sob o qual o homem desenvolve a vida social está baseado nos escritos e preceitos consagrados na história, no costume de sua razão de ser e na evolução da vida em sociedade. A equidade serve para dar esse contexto equilibrado a uma equação moral, civil e constitucional que o homem deve respeitar para manter a ordem. Se não houvesse eqüidade, não haveria aquele equilíbrio entre todos os seres humanos, além da consciência que o homem pode ter do que lhe corresponde, em sua natureza há uma correspondência social que o equipara a qualquer outra.
A equidade define um domínio sobre o homem acima de seus próprios interesses ? A resposta é não, o homem dotado de livre arbítrio corrompe o propósito da equidade em muitos aspectos, porém a massa da população permanece estável, dócil ao mandamento de uma ordem desenhada com base em leis e normas que permitem a cada pessoa seja dado o que corresponde, que cada um pague as conseqüências de seus atos e que a indenização necessária para acompanhar o curso da corrente social a que pertencem seja recebida por qualquer dano ou prejuízo.
A equidade hoje é uma questão mais complexa, de acordo com a evolução do homem na sociedade e o que a natureza tem voltado para o seu próprio bem, o conceito seria ampliado significativamente se analisarmos a equidade do homem com o meio ambiente. meio ambiente, uma vez que o dano que o homem fez ao seu meio ambiente é impossível de comparar com o que a natureza poderia ter feito ao homem.