Do século XI ao XIII, na Europa, surgiu o estilo românico, o primeiro internacional, que agrupava grande parte da essência de expressões como romana, bizantina, pré-românica, germânica e árabe. Surgiu, quase simultaneamente, na Itália, Alemanha, França e Espanha, com a peculiaridade de possuir características diferentes em cada um desses territórios. Era parte de uma época de renovação espiritual e prosperidade material, então a construção de inúmeras igrejas tornou-se comum; portanto, caracterizou-se por ser uma arte inteiramente religiosa.
O termo foi usado, pela primeira vez, no ano de 1820, para abranger todo o período artístico que sucedeu a arte antiga e precedeu a arte gótica, à semelhança de como as línguas românicas foram as sucessoras do latim; Apesar disso, o termo "arte românica" passou a designar apenas o período artístico compreendido entre os séculos XI e XII. Do mesmo modo, foram bastante claros os acontecimentos que envolveram o estabelecimento da arte românica como predominante nessa época: a expansão de certos costumes pela Europa, a difusão e consolidação do cristianismo e o início da Reconquista.
A arquitetura românica tem expoentes consideráveis em todo o velho continente; no entanto, as igrejas catalã e francesa são sempre vistas como as de maior identidade artística. Já as igrejas espanholas caracterizam-se por possuir abóbadas de pedra quadrada ou polida, com cabeceiras adornadas com arcos ou faixas lombardas, além da existência de pilares escultóricos, que servem de suporte para a estrutura; A França também se destaca com edifícios como a Catedral de Notre Dame e a abadia de Saint-Savin-sur-Gartempe.