A palavra filosofar se refere à capacidade de pensar por meio da qual a pessoa pode contemplar, interpretar, analisar e até mesmo refletir sobre um determinado tema para compreender a realidade.
Em filosofia, a palavra filosofar se refere a pensar para saber. Ou seja, quando as pessoas sabem de algo, a próxima coisa que devem fazer é analisar e descobrir por que existe, como ocorre e como se relaciona conosco e com nossa realidade.
Portanto, filosofar é o ato de pensar, conseqüentemente não é uma atividade que requer instrumentos, técnicas ou amostras, mas a capacidade do indivíduo de contemplar e interpretar a realidade e, portanto, emitir um argumento ou uma opinião.
A capacidade de espanto mostra a origem do filosofar, ou seja, o olhar de surpresa de quem não observa a realidade do ponto de vista do cotidiano, mas faz perguntas, tenta refletir sobre a causa de tudo o que existe, a razão pelo qual, o sentido da vida, o valor do amor e da amizade, a busca da felicidade, o medo da morte, a possibilidade da existência de Deus
Quando alguém filosofa, faz perguntas e quer ter certeza. Problemas que ajudam a pessoa a se realizar, pois a excelência do conhecimento proporciona a perfeição. No entanto, a dúvida também está na origem da filosofia. O desejo de filosofar mostra o propósito de ir além do óbvio evitando a superficialidade das coisas para chegar ao fundo, que é invisível aos olhos.
O filósofo é contemplativo da mesma forma que a ciência é neutra. Os filósofos se limitam a interpretar a realidade. No entanto, filosofar é uma atividade sem suposições. O olhar religioso olha para o mundo porque acredita em ver Deus ou na manifestação de qualquer outro poder que não seja humano. O olhar científico é muito mais hipotecado do que o religioso, porque acrescenta, aos pressupostos necessários sobre um objeto, os referentes aos seus instrumentos. Diante desses olhares, está o do filósofo, que só tem um olho: o da razão e a faculdade de ver: pensar.