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O que é globalização? »Sua definição e significado

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Anonim

O conceito de globalização visa definir a realidade de nosso planeta como um todo conectado, que está se tornando mais como uma sociedade única, além das fronteiras nacionais, diferenças étnicas e religiosas, ideologias políticas e condições socioeconômicas ou culturais. Consiste na ampliação da dependência econômica, cultural e política dos países do mundo, que é causada pelo aumento da atividade internacional.

O que é globalização

Tabela de conteúdos

A globalização é um processo de interação e integração entre pessoas, empresas e governos de diferentes nações. É um processo baseado no comércio e no investimento no cenário internacional, que conta com o suporte das tecnologias de informação. Esse processo tem efeitos sobre a cultura, o meio ambiente, o desenvolvimento, os sistemas políticos e a prosperidade econômica, bem como sobre o bem-estar físico dos seres humanos que constituem as sociedades em todo o mundo.

Pode-se dizer que a definição de globalização é a união dos países para um bem comum, para conseguir uma mudança na produção e no consumo das sociedades. Os países buscam o bem-estar de seus cidadãos, além de acompanhar novos modos de vida.

Mas, realmente, o que significa globalização? No início, a globalização era considerada apenas no campo da economia. Devido ao fato de que o comércio e o mercado de capitais foram aumentando aos poucos, as economias das nações estavam cada vez mais interligadas e havia maior liberdade de mercados e trocas de produtos.

Porém, hoje a globalização, além de focar na economia, também aposta na inovação tecnológica, no lazer e nas mudanças na justiça. Relaciona-se ao comércio mundial de bens e serviços, ao fluxo de capitais, bem como ao avanço dos meios de transporte e ao uso das novas tecnologias de informação e comunicação (tecnologias de satélite e especialmente a Internet).

Origem da Globalização

Existem muitas teorias sobre as origens da globalização, escreveu o economista e contador público argentino Aldo Ferrer, que a globalização teve suas origens com a descoberta da América em 1942, ele explica que até aquela data a economia estava focada apenas em algumas áreas. Quando este novo continente foi descoberto, o comércio conseguiu se expandir e novas matérias-primas foram adicionadas.

É estranho observar que mesmo naquela época havia um modelo que persiste até hoje, os países com maior poder econômico acabaram impondo sua cultura como predominante, suas ideias se abrirão nos séculos seguintes e o trânsito de mercadorias fluirá de um lado para o outro. do Atlântico de forma desigual. No século 21, poucas coisas mudaram a esse respeito.

Outros analistas falam em globalização na época em que nasceu a Internet, em 1969. A partir dessa data, o foco se acelera, as comunicações de um extremo do planeta para o outro são muito mais fáceis, o comércio está ainda mais internacionalizado (podemos comprar e vender em qualquer lugar do mundo), o intercâmbio cultural e ideológico é favorecido, as redes sociais, os jornais digitais, o comércio eletrônico e uma série de novas ferramentas surgem.

Primeiras ideias de globalização no mundo

O processo de globalização remonta à segunda metade do século 20, embora exista uma extensa literatura que se refere ao seu estágio embrionário no início do comércio e aos métodos de pagamento internacional aproximados pelos gregos, passando pela era do renascimento, quando fundou a doutrina mercantilista. Muitos pesquisadores consideram que a teoria que deu início à regulação do comércio internacional e que "se opõe" aos princípios da globalização, em virtude do estabelecimento de barreiras à entrada, é a base sobre a qual repousa o comércio internacional, que cedeu. para a integração comercial.

Os blocos, que mais tarde configuraram a eliminação das barreiras econômicas e a mobilidade dos fatores produtivos no mundo, como uma fase evolutiva do comércio internacional, para observar a globalização que agora invade o mundo.

Países que iniciaram o movimento de globalização

Historicamente, pode-se dizer que os primeiros países a iniciarem o processo de globalização foram as potências coloniais de Espanha e Portugal, que a partir dos séculos XV e XVII iniciaram seus primeiros negócios, a esses países se juntaram Holanda, Inglaterra e França. Esses países na época intensificaram seu comércio de matérias-primas em toda a Europa, todo esse processo permitiu a conexão de regiões antes isoladas, dando origem à globalização.

Características da globalização

A globalização tornou-se uma consequência do capitalismo na busca pela expansão do comércio internacional, do consumo e da produção. Além disso, o desenvolvimento tecnológico e a internet são fundamentais para a globalização.

Suas principais características são:

1. Industrialização: Graças à globalização, o setor industrial dos países economicamente fortes está em constante desenvolvimento e, portanto, favorece os países latino-americanos e asiáticos que ainda não o alcançaram. Porque gerou maior integridade econômica internacional e criação de empregos.

2. Livre comércio: Com o crescimento da globalização e o surgimento de acordos de livre comércio de bens e serviços entre países, independentemente de serem do mesmo continente, cujo objetivo é a expansão dos mercados e o crescimento da economia e da produtividade.

3. Sistema financeiro mundial: foi internacionalizado e originado o mercado de capitais mundial, instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial têm a maior responsabilidade na tomada de decisões e no desenvolvimento das políticas financeiras.

4. Conectividade e telecomunicações: O desenvolvimento das comunicações tecnológicas e da internet são peças muito importantes para alcançar a globalização. Ou seja, cidadãos, empresários, políticos e muitos mais, estão em constante busca por comunicações rápidas e sem fronteiras, para trocar conhecimentos e compartilhar informações, cultura e tecnologia entre diferentes países e regiões.

5. Globalização econômica: refere-se à expansão de diferentes atividades econômicas, o que tem gerado um intercâmbio acelerado de bens, serviços e mercadorias em nível nacional e internacional. Por causa disso, uma variedade de regulamentações de mercado foram criadas a fim de analisar as atividades econômicas do mundo ou de um determinado país.

6. Movimento migratório: Esse movimento foi impulsionado pela globalização, milhões de pessoas migram de seus países de origem em busca de melhores empregos e qualidade de vida. Grandes corporações e empresas multinacionais começaram a expandir suas instalações em todo o mundo, gerando assim novos empregos e o trânsito de pessoas entre países, de acordo com sua formação, conhecimento e disposição da pessoa.

7. Nova ordem mundial: Após o processo de globalização, uma nova ordem mundial, novos tratados, novas políticas e conexões comerciais, tecnológicas, culturais e econômicas são propostas, com o propósito de determinar o controle internacional. Um exemplo disso é, politicamente, o estabelecimento de normas para definir uma ordem, liberdades e direitos de comércio. Na esfera econômica, novos mercados foram abertos com o livre comércio com o propósito de economias entre as nações e na globalização cultural realiza-se a troca de costumes, tradições e valores.

O bem e o mal da globalização

Conforme dito anteriormente, a globalização é um processo de convergência global que engloba diversos fatores e, portanto, apresenta pontos bons e ruins que serão desenvolvidos a seguir.

Bons aspectos da globalização

A extensão da comunicação

Uma das grandes conquistas da globalização é o avanço das tecnologias de comunicação. O arranque e consolidação das redes sociais e a possibilidade de contactar em tempo real uma pessoa em qualquer parte do mundo têm sido pontos chave. Da mesma forma, as empresas conseguem realizar todos os seus processos de forma ágil para aumentar as suas vendas, no caso de alunos e investigadores podem comunicar-se diretamente e aceder a novos conhecimentos.

Desaparecimento das fronteiras econômicas

Um dos pontos positivos para a economia global é a liberdade de movimento de capitais e mercadorias entre as nações. O fato de um mesmo produto com as mesmas características de fabricação poder ser consumido em diferentes países é um dos símbolos da globalização comercial.

Intercâmbio cultural

A comunicação permite o intercâmbio cultural. Esse conhecimento compartilhado enriquece a todos, tanto no campo das ideias quanto na esfera econômica. Na história da humanidade, nunca houve uma transferência maior de valores culturais do que hoje.

Intercâmbio de idiomas

A absorção cultural que favorece as redes sociais é um dos fatores que auxilia no intercâmbio linguístico em todo o mundo. Por outro lado, o aparecimento de plataformas online que transmitem séries de televisão, tornando-se um fenômeno das culturas globais. Os videogames, o cinema e a música são ainda mais globais, pois graças a eles, o inglês se tornou a língua francesa mais difundida nas últimas décadas, ao mesmo tempo que se nota que o espanhol vem ganhando espaço.

Extensão dos direitos humanos

A disseminação dos valores e direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) não para de crescer. Assinada em 1948, esta declaração foi completada com acordos e protocolos até a Carta Internacional de Direitos Humanos. A globalização funciona aqui de duas formas principais: como disseminadora desses direitos e como instrumento de controle de suas violações.

Aspectos ruins da globalização

Intervencionismo estrangeiro

Alguns acreditam que um dos pontos negativos da globalização é uma certa diminuição da soberania nacional. Isso ocorre porque os países estão tão inter-relacionados social, econômica, política e culturalmente que qualquer desvio das diretrizes gerais é visto com suspeita. O intervencionismo é uma característica dos novos tempos. Pode-se dizer que o fato de a comunidade internacional fazer com que um país respeite os direitos humanos de seus cidadãos é um aspecto positivo, mas se um grupo de países obrigar outro a adotar políticas econômicas que vão contra o bem-estar da maioria dos seus cidadãos, isso se tornaria uma coisa negativa para sua população.

Perda de identidade nacional

Também há quem veja na globalização o perigo de perder a identidade nacional, já que as sociedades são cada vez mais parecidas, com os mesmos gostos culturais, modas, etc. Pode ser necessário debater se essas identidades nacionais são estáticas ou sempre evoluíram. Nesse segundo caso, o problema estaria mais na uniformidade do que na transformação. Em vez de mudar, o que é preocupante é que essa mudança trará todos os países para o mesmo lugar, para o mesmo estilo de vida.

Aumento do desemprego em países desenvolvidos

Um dos aspectos mais negativos analisados ​​pelos especialistas em relação à globalização econômica é a fuga de empresas nacionais para o exterior onde os custos de produção são menores. Como resultado desta realocação, houve duas consequências negativas, uma é o desaparecimento de empregos aumentando o desemprego nos países desenvolvidos e a segunda, a situação de trabalho precário e a perda de direitos que faziam parte do chamado Estado de bem-estar.

Concentração de capital em grandes multinacionais

Ao aumentar seus lucros e suas possibilidades de competir, as grandes empresas multinacionais são as favorecidas e vencedoras desse modelo de globalização econômica, mas as pequenas empresas nacionais e os profissionais autônomos têm visto sua receita diminuir. Por sua vez, os trabalhadores perderam poder de compra. Numa perspectiva global, percebe-se como a concentração de capital em poucas mãos também empobrece os países. Muitas nações têm um produto interno bruto menor do que o faturamento das grandes empresas, o que coloca seus estados em uma posição inferior.

A conexão de mundos e culturas sob o olhar obsessivo do mercado

A América Latina passou por um moderno processo de transformação desde os anos oitenta até a atualidade, com a aplicação das leis de mercado em todas as áreas da vida. Também ocorreram mudanças muito profundas nas estruturas políticas, econômicas, agrícolas, sociais, tecnológicas, jurídicas, mentais, etc. da região. Essas mudanças geraram transformações nos sistemas de vida, educação, trabalho, organização, produção, competição, etc., na maior parte do continente latino-americano.

Mas essas declarações não impactaram apenas a base econômica e política das sociedades latino-americanas, mas, acima de tudo, tiveram um forte impacto nas estruturas culturais, informacionais e espirituais da região. Diante da esmagadora realidade histórica, o problema não é mais perguntar se a América Latina aceita ou não a globalização cultural e informacional que se impôs e que atravessou o mundo no final do século XX; No entanto, agora se reconhece que para o bem ou para o mal, no início do novo milênio, a globalização comunicativa é um fato irresistível no qual já estão incorporados como comunidades e da qual não é possível se livrar.

Analisando essa realidade, pode-se dizer que a aplicação das regras de mercado da cultura e da informação coletiva na América Latina, especialmente nos meios eletrônicos, tem gerado as mais importantes transformações estruturais da sociedade.

A conceituação errônea da fronteira. Xenofobia e Racismo

As fronteiras que hoje conhecemos respondem à transição do estado absolutista para o estado-nação, embora este trânsito tenha demorado várias décadas em alguns países da Europa Ocidental, como a Alemanha, onde no final do século XIX se tornou um estado sob domínio do império. Alemão, especificamente entre os anos 1871-1918.

Após a derrota de Napoleão em 1815, as fronteiras na maior parte do mundo ocidental começaram a ser vistas como linhas de delimitação estratégica, diplomática e política.

No continente americano, especificamente na parte norte, existem vários processos de reorganização territorial que respondem à política expansionista dos Estados Unidos. No século 19, por exemplo, o governo dos Estados Unidos comprou ou trocou territórios com os impérios coloniais europeus (inglês, espanhol, francês) e com seus vizinhos do sul, o México. São assinados tratados específicos que aludem à atual composição geopolítica da América do Norte, como o Tratado de Guadalupe-Hidalgo ou o Tratado de Mesilla.

No México pós-revolucionário, a partir da década de 1920, as leis passaram a expressar, de forma explícita, a ideia de restrição racial. Mesmo o memorando explicativo da lei de 1926 especificava que, "o perigo de degeneração física para nossa raça, exigia a possibilidade de seleção de imigrantes".

A partir de 1923 e especialmente em 1924, quando começaram as restritivas políticas de imigração dos Estados Unidos, alguns grupos de imigrantes bateram às portas do México.

Ainda que o presidente Calle (1924-1928) tenha declarado que a política de abertura seria estendida a “toda imigração a homens de boa vontade e que de alguma forma contribuíram para o país um contingente cheio de inteligência, esforço e capital, da mesma forma, refere-se à necessidade de excluir aqueles que poderiam se tornar um fardo para a sociedade ou uma ameaça aos costumes, ou simplesmente não adaptáveis ​​ao meio ambiente, ou seja, a uma mexicanidade mestiça ameaçada por imigrantes incapazes de se equiparar ao tipo nacional.

O avanço tecnológico no transporte, seja por via terrestre, marítima ou aérea, tem permitido que mais pessoas viajem de uma ponta a outra do mapa-múndi, pois agora é mais econômico e viável. Através dos meios de comunicação é possível conhecer as mudanças e cenários que estão acontecendo no outro lado do mundo, comunicar-se com pessoas de diferentes países, entre outros. Pode-se dizer que as novas tecnologias apresentam maior velocidade de movimento, maior aceleração das informações, introduzindo sinergias que potencializam o processo de globalização.

Deve-se notar que muitas pessoas e organizações duvidam das conquistas e benefícios da globalização. Estes tendem a demonstrar e exigir que os países de baixa renda possam alcançar um desenvolvimento econômico diferente daquele promovido por grandes organizações internacionais.

Quando se fala em globalização no México, é preciso destacar que este foi um pioneiro entre os mercados emergentes, além de ser um fator de estabilidade mundial nas últimas décadas. Tem atuado na eliminação de barreiras geográficas e ideológicas e contribui para o intercâmbio de bens e serviços, bem como de pessoas, ideias, informações e capitais, por meio da globalização, desde o auge da Segunda Guerra Mundial, o conflitos em grande proporção.

Além disso, contribuiu para o aumento do PIB global per capita (renda da produtividade macroeconômica) e reduziu a pobreza.

Perguntas frequentes sobre globalização

O que significa globalização?

É um processo no qual pessoas, empresas e governos de diferentes nações se integram para favorecer as relações internacionais, desenvolver um mercado global, aumentar o investimento estrangeiro, promover a circulação de bens e produtos importados, estimular a atividade turística, promover intercâmbio cultural e reforço do desenvolvimento tecnológico.

Como a globalização influencia o crescimento da migração?

A globalização desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do capitalismo moderno e sua contribuição se tornou mais visível graças à mobilização popular. O impacto da migração internacional na economia, sociedade e cultura tem profundas repercussões, uma vez que visa elevar o nível de vida de cada um dos migrantes.

O que é globalização no comércio internacional?

É um processo que permite a troca de bens e serviços entre empresas localizadas em diversas regiões do mundo. Uma de suas principais vantagens é que reduz preços, gera empregos diretos e indiretos, aumenta os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e melhora a distribuição da riqueza, permitindo que parte da população tenha acesso aos recursos.

Quais são as causas da globalização?

Entre as causas do surgimento da globalização estão a geopolítica mundial originada no século XX, o notável crescimento das trocas econômicas, a revolução da informação e a liberalização das bolsas de valores.

O que é globalização na esfera social?

Refere-se ao impacto que tem na vida e no trabalho das pessoas, bem como em suas famílias e na sociedade.