A palavra haiku em japonês "俳 句" ou em espanhol jaiku é um poema geralmente breve de origem japonesa, composto por uma estrofe de 17 sílabas divididas em três versos. Em outras palavras, é uma escrita curta que é construída a partir de três versos de cinco, sete e cinco sílabas ou amoras, respectivamente. As amoras quase sempre substituem as sílabas quando são traduzidas para outras línguas. O conteúdo do haicai se baseia no espanto e no êxtase que a contemplação da natureza provoca no poeta.
O haicai, como outros escritos poéticos, costuma tentar ou tentar expor sobre os diferentes fenômenos naturais, falar sobre a mudança das estações ou mesmo do cotidiano das pessoas. Graças à influência que a filosofia e a estética zen exercem sobre essas composições, seu estilo tem a peculiaridade de conter naturalidade, simplicidade, mas não simplicidade, austeridade, sutileza, além da aparente assimetria que alude à liberdade e junto com isso para a eternidade.
É importante destacar que o haicai surgiu na poesia latino-americana, foi por volta do século XX que alguns escritores ocidentais lançaram mão da criação de haicais, mas com algumas mudanças em termos de número de sílabas em seus títulos e temáticas; Um grande exemplo disso pode ser visto nas obras do escritor argentino Jorge Luis Borges ou do poeta uruguaio Mario Benedetti, este último autor da obra Rincón de Haikus publicada em 1999.