Hermafroditismo se refere à existência de órgãos sexuais femininos e masculinos em um mesmo vivente, ou seja, daqueles viventes que possuem um aparelho misto, capaz de criar gametas masculinos e femininos, algo que em certas espécies como plantas e alguns peixes, torna possível a autofecundação.
No caso do ser humano, a autofecundação é algo impossível, porém, é possível o surgimento de aspectos femininos e masculinos que definem o hermafroditismo. Essa anormalidade em humanos leva à infertilidade e à posse de órgãos sexuais subdesenvolvidos.
O hermafroditismo verdadeiro é aquele em que os ovários e os testículos estão presentes simultaneamente.
O hermafroditismo é usado como tática reprodutiva para aquelas espécies animais que têm dificuldade em encontrar um parceiro, seja por sua pequena população, seu habitat ou seu isolamento. A única desvantagem seria que apresentaria uma diminuição na eficiência do trabalho reprodutivo, em decorrência da pouca especialização.
No verdadeiro hermafroditismo, os animais originam-se de invertebrados, como vermes terrestres ou caracóis; no caso de mamíferos e pássaros, o hermafroditismo muitas vezes representa uma condição patológica que leva à infertilidade. Somente em peixes essa condição ocorre com freqüência e naturalmente.
Embora as criaturas hermafroditas fabricem os dois tipos de gametas, é improvável que eles se fertilizem; o que ocorre é um cruzamento entre diferentes seres que agem (ambos) como homem e mulher; Isso é o que se chama hermafrodismo simultâneo. Existem peixes que têm um sexo ao nascer e após a procriação mudam de sexo, isso se chama hermafroditismo sequencial.
Aqueles com hermafroditismo sequencial podem ter órgãos masculinos e femininos, apenas um estará ativo e o outro não.
As plantas consideradas hermafroditas são as seguintes: a tulipa, a rosa, o cravo, a magnólia, a nêspera, o limoeiro, a laranjeira, a macieira, a cebola, entre outras.
Em humanos, tem havido muitos casos de hermafroditismo, porém este termo não é designado como tal, mas sim a expressão intersex. Essas pessoas, apesar de possuírem os dois órgãos sexuais, não têm capacidade de reprodução das duas formas. Essa anormalidade se origina durante a gravidez. Quando o feto é feminino, isso ocorre porque as glândulas supra-renais da mãe criam hormônios masculinos em excesso, o que causa uma alteração na genitália externa. No caso do feto ser do sexo masculino, ela se origina porque seus tecidos não produziram testosterona suficiente durante a 6ª ou 8ª semana após a fertilização.
