O termo historiografia se refere à atividade humana de preservação da história por escrito, onde serão detalhados todos os eventos que envolvem um evento importante para o desenvolvimento da civilização atual. É um campo totalmente voltado para a história registrada por esse meio, que tem sido centro de polêmica e polêmica entre os intelectuais, pois ainda não foi determinado se se trata de uma arte ou de uma ciência, se se complementam ou não.
O que é historiografia
Tabela de conteúdos
Refere-se à disciplina associada à história e à teoria da história, que consiste na prática da teoria literária e humanística, que se baseia no estudo dos fatos históricos como objetos compreensíveis. A historiografia é a ciência que se dedica a estudar e analisar como os acontecimentos históricos do homem foram registrados ao longo do tempo.
É entendida como a ciência que faz história sobre a evolução do ser humano ao longo do tempo, principalmente se levarmos em conta que os métodos, formas, objetos de estudo e interesses variaram em cada época e espaço.
Originalmente, esta palavra vem de “historiógrafo” (ἱστοριογράφος em grego), cujo significado recai sobre: “aquele que descreve ou escreve a história”. Assim, o conceito de historiografia aponta para a arte de escrever história e para a ciência de estudá-la.
Origem da historiografia
Surge quase exatamente quando a história surge, já que esta está muito próxima do surgimento da escrita. Mesmo assim, o interesse humano em estudar seu passado não chegaria até mais tarde, quando a beleza da evolução fosse descoberta. As antigas civilizações de Roma, Grécia e Egito foram as mais preocupadas em detalhar todos os eventos que cercaram seus reinos.
A origem remonta à Grécia antiga, especificamente na Jônia (hoje Grécia asiática) no final do século 6 aC, no contexto do surgimento da filosofia e da tendência para o pensamento racional que prevalecia na época. É por isso que os pensadores gregos começam a ver o mundo de um ponto de vista racional e lógico, deixando para trás as explicações místicas para explicar as coisas e apelando mais à razão.
Esta disciplina estuda e expõe, de acordo com certos princípios e métodos, os acontecimentos e fatos que pertencem ao tempo passado e que constituem o desenvolvimento da humanidade desde as suas origens até o momento presente. Com um conjunto de técnicas e teorias relacionadas com o estudo, análise e interpretação da história com estudo bibliográfico e crítico sobre os textos escritos sobre os autores que trataram destes assuntos.
Evolução da historiografia
Em princípio, a historiografia clássica se expressa na obtenção de dados verídicos sobre eventos históricos, mas que também precisam ser interpretados e contextualizados. Esse tratamento das informações dependia da ideologia do historiador e, na Grécia antiga, foi primeiro entendido que esses eventos eram mais do que apenas relatos de um evento.
A historiografia helenística, por exemplo, teve como grande expoente o historiador Políbio (200-118 aC), que também foi o primeiro a escrever sobre a história mundial ao escrever sobre a criação do Império Romano. Foi ele quem criou os grandes ciclos históricos, e para ele a história deveria ter uma utilidade prática da qual pudessem ser extraídas lições para o futuro.
Durante essa época e até o Renascimento, os conceitos são basicamente os mesmos, e o historiador Jean Bodin (1529-1596) acrescenta a ideia de que a história depende da vontade humana.
Outro aspecto importante nesse período foi que a história se transformou em simples crônicas do que estava acontecendo, para algo mais explicativo com o surgimento de ilustração para esse fim, dando início à historiografia contemporânea do século XIX.
No entanto, vale dizer que as correntes historiográficas são orientações para iniciar o estudo da história como ciência, desenvolvida a partir do século XIX. Embora no século V aC Heródoto se referisse à história como um ato humano de narrar eventos do passado, foi somente até o final do século 18 que os filósofos da época aceitaram que a história pudesse ser estudada como qualquer outra ciência, por meio de um método.
O positivismo afirmava que para abordar a história era necessário buscar os dados reais, precisos e verdadeiros, por isso insistia em encontrar fontes de primeira mão.
O materialismo histórico chegaria com Karl Marx, pois considerava que a história não era constituída apenas por fatos, nem por categorias, nem pelos protagonistas desses fatos. Além disso, o materialismo histórico fala da evolução das sociedades a partir dos seguintes elementos:
- Estruturalismo: esta corrente historiográfica está muito próxima do materialismo histórico, mas está interessada em acontecimentos que perduram no tempo.
- Historicismo: o historicismo considera toda a realidade como produto de uma evolução histórica, razão pela qual o passado é fundamental. Para o estudo da história, ele prefere documentos escritos oficiais e não se interessa pela interpretação do pesquisador.
- Escola dos Annales: a Escola dos Annales nasceu na França e resgatou o homem como protagonista da história. Desta forma, o uso de ciências como antropologia, economia, geografia e sociologia tornou-se necessário para a compreensão dos fatos históricos.
- Quantitatismo: essa tendência nasceu na década de 80 do século 20 e marcou duas tendências no estudo da história:
1.- Cliometria, que utiliza modelos quantitativos para explicar o passado.
2.- A história estrutural-quantitativa, que utiliza a estatística para compreender o comportamento dos acontecimentos históricos em períodos específicos.
Com a chegada do século XXI, as correntes anteriores se esfumam e há uma tendência de retorno à narrativa, rompendo os esquemas rígidos e formais e em coerência com a forma que as ciências assumiram no pós-modernismo.
Características da historiografia
Dentre as principais características da historiografia, destacam-se:
- É um discurso que se apresenta como uma narrativa ou narrativa escrita.
- É uma disciplina intelectual desenvolvida por especialistas.
- Ele tem seu próprio método.
- É produzida por indivíduos determinados por suas circunstâncias pessoais, familiares e sociais.
- Sempre tem uma carga ideológica associada.
- Não é objetivo.
Assim, o processo de recuperação da própria história é necessário para a formação daquela "consciência do passado", da "consciência histórica", fundamento da "consciência da identidade". Portanto, o ensino de História é importante, uma vez que seu objetivo é abordar a didática dessa disciplina nas etapas de escolaridade obrigatória como algo mais do que um conhecimento acadêmico sem valor social.
Exemplos de historiografia
Na análise do tratado, são apresentados os seguintes exemplos:
Historiografia eclesiástica medieval
Esta historiografia medieval se refere à religiosa que se desenvolveu durante a Idade Média na Europa, que originou seu próprio estilo nesta disciplina na sua forma de contar e transmitir a história que se gerou na época. Seu precursor foi o bispo Eusébio de Cesaréia (263-339 DC), considerado o pai da história eclesiástica.
A historiografia medieval valeu-se do discurso narrativo e teve como objetivo primordial transmitir as informações possíveis que pudessem ser coletadas para as gerações futuras, entre as quais guerras ou biografias.
Historiografia Contemporânea
Isso ocorreu no início do século 19, ao aplicar métodos científicos à coleção de fatos históricos. É a partir daí, no cenário de vários movimentos ideológicos, como a Revolução Francesa, que a História passa a ser ensinada nas escolas como matéria de interesse acadêmico.
História e historiografia da psicologia
Nos tempos antigos, acreditava-se que os distúrbios mentais eram devidos à possessão de demônios ou espíritos e eram tratados com encantamentos aos quais eram atribuídos efeitos de cura.
Entre os séculos V e IV a. Filósofos como Sócrates e Platão deram contribuições que seriam fundamentais para o desenvolvimento da psicologia, além da filosofia. Enquanto Sócrates expunha os fundamentos do método científico, Platão concebia o corpo como o veículo da alma, realmente responsável pelo comportamento humano.
Da mesma forma, o médico Hipócrates se dedicava às doenças físicas e mentais pelo método indutivo e as atribuía a desequilíbrios de humor ou fluidos corporais. Esta tradição seria retomada por Roma: a obra de Galeno, que desenvolveu a de Hipócrates, é um dos melhores exemplos da influência grega no pensamento romano.
Historiografia feminista
A historiografia feminista surge a partir dos movimentos feministas dos anos 1960, propondo o sujeito feminino como um possível e legítimo objeto de estudo para a historiografia.
Assim iniciou-se a discussão em torno dos espaços masculinizados pela história oficial, deixando claro que a construção histórica em vigor até então evitou a representação de relações de poder entre sujeitos em vários campos, mas principalmente no que implicava as hierarquias. construíram relações sexuais, que colocaram os homens como verdadeiros protagonistas da história, quando se trata de processos históricos centrados em figuras militares ou políticas, homens e elites (um exemplo típico disso seriam os pais da Nação), que resultou em, a omissão das mulheres como sujeitos históricos, o que deixou uma figura enganosa do ser humano universal.
Historiografia alemã
É evidenciado na vontade de explorar posições tradicionais e iniciar inovações metodológicas. Dessa forma, foi possível superar o subdesenvolvimento metodológico, existente em 1945, e superar as posições clássicas de um historicismo nacional.
Por outro lado, as posições inovadoras das décadas de 1950 e 1960, com suas abordagens claramente reformistas, parecem ter estagnado nas décadas de 1970 e 1980, e um renascimento de posições historicistas supostamente desatualizadas pôde ser registrado na última década.
Embora as ciências históricas sejam apresentadas hoje na Alemanha como uma disciplina com uma ampla gama de posições metodológicas e políticas, não há um consenso amplamente aceito sobre o papel da história em uma sociedade industrial moderna e sobre seus fundamentos metodológicos.
Historiografia inglesa
A Inglaterra é o maior e mais populoso território do Reino Unido. Habitado por povos celtas desde o século 5 aC. C., foi colonizado pelos romanos entre 43 d. C. e início do século V Desde então foi invadida por uma série de povos germânicos (anglos, saxões e juta) que expulsaram os celtas, parcialmente romanizados, para Gales, Escócia, Cornualha e Grã-Bretanha francesa.
No século 10, após resistir a uma série de ataques Viking, a Inglaterra foi politicamente unificada. Após a ascensão de Jaime VI da Escócia ao trono da Inglaterra em 1603 e a união com a Escócia em 1707, é menos apropriado diferenciar a história da Inglaterra daquela do resto do Reino Unido.
Historiografia do México
A historiografia do México apresenta uma série de acontecimentos ocorridos no território desde o surgimento das primeiras civilizações na região, há quase 4000 anos, até os processos de conquista pela Espanha, vida colonial, guerra, independência, fundação e desenvolvimento da República Mexicana como a conhecemos hoje.
No entanto, a historiografia mexicana é particularmente interessante por sua riqueza em termos de nações pré-colombianas, que eram um mosaico na época e que lhe conferem uma prodigiosa herança ancestral, que contrasta com a sociedade construída por três séculos de história.
A nação moderna do México foi republicana de 1940 até o presente. Adora o seu passado conturbado através dos símbolos nacionais, como o Hino Nacional, usado desde 1854 mas proclamado como tal em 1943 pelo Presidente Manuel Ávila Camacho, e a sua complexa tradição política, social e cultural é preservada através da tentativa de coexistência entre os sobreviventes, os povos aborígenes e a moderna República Ocidental.
Perguntas frequentes sobre historiografia
O que significa historiografia?
Conjunto de técnicas e teorias relacionadas com o estudo, análise e modo de interpretar a história.Que passos a historiografia usa para sua pesquisa?
Use as seguintes etapas:- Primeiro, a definição do tema e sua delimitação.
- Em segundo lugar, a análise ou crítica dessas fontes (distinguindo duas formas: crítica externa e crítica interna).
- Por fim, a síntese historiográfica (que é o produto final da historiografia).