Para muitos, o Islã é descrito como uma religião monoteísta abraâmica, pois restringe a adoração ao único Senhor Supremo que é o Criador do universo a quem eles identificam com o nome de Alá, com base no Alcorão, um livro considerado por seus fiéis seguidores como a palavra literal de Deus que foi revelada ao Profeta Muhammad ou Muhammad. Em outras palavras, os muçulmanos são aqueles que acreditam em apenas um Deus e em Muhammad como o último profeta de Deus; dedicando suas vidas a seu serviço.
O que é o islã
Tabela de conteúdos
Atualmente, muitas pessoas têm uma ideia limitada sobre o que é o Islã. Esta, como mencionado acima, é uma religião monoteísta na qual a devoção é devida a Deus, a idolatria é posta de lado e a obediência é priorizada. Os seguidores da religião islâmica são chamados de muçulmanos, este termo deriva de muçulmano, que significa submetido ou submetido a determinada ação. Na religião islâmica, acredita-se que um último profeta chamado Muhammad foi o responsável por moldar as escrituras sagradas por meio do arcanjo Gabriel.
Este arcanjo é bastante conhecido no mundo graças à Bíblia, mas no Alcorão (livro sagrado no Islã) ele é conhecido como Jibril. Mas, além de Muhammad, o Islã também considera Moisés, Abraão, Noé, Adão, Jesus (mais conhecido no Islã como Issah) e Salomão como profeta.
O Islã ensina que Deus é a fonte de toda a criação e que os humanos são os melhores da criação. Ele se comunica inspirando-os ao bem e enviando profetas que transmitem a mensagem de Deus. Os muçulmanos acreditam que o primeiro profeta foi Adão, seguido por uma longa cadeia de profetas para guiar a humanidade. A palavra islam deriva do árabe clássico "islam" que, segundo várias fontes, significa "submissão" ou "execução" à Vontade de Deus, vindo da raiz da palavra "salam", que significa paz.
Ao contrário das muitas religiões existentes no mundo, o Islã não tem mais deuses ou divindades para louvar, ou a quem se deve devoção, não há parceiros, apenas um Deus, uma obrigação e um caminho a seguir.
Deve-se acrescentar que é importante diferenciar o islamismo do Estado islâmico.
O Estado Islâmico está muito longe de se comparar ao que o Islã representa. Enquanto o Islã é definido como religião, o Estado Islâmico está diretamente associado, conceituado e conhecido como grupo terrorista que, embora siga certos parâmetros do que significa Islã, são chamados de heterodoxos da religião. Eles apenas seguem Allah, mas não cumprem as obrigações que o Alcorão estabelece. O Estado Islâmico, também conhecido mundialmente como ISIS, tornou-se muito polêmico devido às decapitações, que, aliás, vêm sendo registradas e divulgadas na web desde 2014.
A origem do Islã
Para realmente determinar o que é o Islã, é necessário falar sobre suas verdadeiras origens. A palavra vem do árabe aslama, que se refere a obedecer, submeter-se a certas ações (como o termo muçulmano) ou aceitar ordens. Esses 3 elementos dão um ponto de partida do que significa o Islã, pois além de fazerem seus seguidores aceitarem a Deus, eles os sujeitam a seguir alguns parâmetros para viver em harmonia. Sua gênese remonta ao século 7 na Arábia Saudita e se espalhou por todo o Oriente Médio, criando não apenas uma religião, mas também uma premissa política.Antes da chegada de Muhammad, o Oriente Médio seguia muitas religiões, incluindo o Cristianismo e o Judaísmo. Demorou muitos anos para que todas as colônias do Oriente aceitassem Deus (Alá) como a única divindade existente para adorar e Muhammad como seu último profeta, na verdade, existem 8 palavras textuais no Alcorão que refletem esta mesma declaração: “… Não há Deus além de Alá, e Muhammad é seu profeta… ”e este é apenas o começo do que o Islã significa, já que existem detalhes ainda mais abrangentes da religião.
Por exemplo, o símbolo do Islã, que é representado por uma estrela de 5 pontas e um crescente localizado logo à sua direita. Este símbolo é bastante conhecido no mundo e, infelizmente, associam-no a grupos terroristas, mas nem tudo o que representam anda de mãos dadas com o Islão, pois segue o amor de Deus e não a violência do homem para se impor ao mundo. Uma vez que se conhece a etimologia do que o Islã é conhecido, aspectos importantes da religião podem ser mencionados, por exemplo, suas características.
Características do Islã
Como qualquer religião, o Islã possui algumas características que o individualizam e o diferenciam das demais. Existem certos costumes e até cerimônias que são realizadas e que são essenciais para os muçulmanos, por exemplo, no assunto das cerimônias, existem 3 que são imperativas e celebradas: nascimento, casamento e morte. Cada um é uma fase da vida das pessoas, todas muito diferentes, com experiências diferentes mas verdadeiras, obrigatórias. Tendo esclarecido isso, podemos falar sobre as características do Islã. O primeiro é a disposição de reconhecer Muhammad como profeta.
Muhammad é e será importante nesta religião porque foi comissionado para escrever os 114 capítulos do Alcorão graças à ajuda do arcanjo Gabriel. Ele foi um dos mais próximos da divindade de Deus e que marcou um antes e um depois na vida dos muçulmanos. Da mesma forma, existem as origens da fé, características que incluem a oração diária, a peregrinação, o jejum e o jihad (a busca ou batalha da fé que cada religioso faz internamente) Não é algo fácil, é uma prova forte, mas com resultados favoráveis.
Por outro lado, além do livro sagrado do Islã, existe o Hadith, um livro que narra toda a vida de Muhammad (ou seja, suas ações, ditos e modo de vida). Esta é considerada a segunda lei muçulmana após o Alcorão e é chamada de Sunna. Depois, há a Sharia, ou seja, a lei islâmica composta pelo Alcorão, pela Sunna, pelo Ijma e pelo ijtihad.
Os dois últimos representam consenso e esforço, mas todos se referem às obrigações e direitos dos muçulmanos, não apenas no nível político e cívico, mas também moralmente. Existem também proibições e muitas outras autorizações que se aplicam a todos os muçulmanos no mundo. Por fim, existe a comunidade conhecida como Umma, que unificou todo o Islã e que teve uma ruptura após a morte de Muhammad. Esta é uma das maiores aspirações dos muçulmanos, porém, não foi realizada até o momento, apenas dois pontos diferentes da comunidade foram criados.
O Islã possui duas escolas principais de pensamento: primeiro, os sunitas acreditam que a comunidade escolhe seu próprio líder após a morte do profeta Muhammad, enquanto os xiitas acreditam que o profeta designou 'Lá, por vontade divina, para ser seu sucessor. Assim, é apontado que tanto sunitas quanto xiitas estão unidos em suas principais crenças, ou seja, acreditam no mesmo Deus, no mesmo livro, nos mesmos profetas e oram na mesma direção. As diferenças são principalmente teológicas e jurisprudenciais.
Doutrinas e princípios do Islã
O Islã ensina que Deus é a fonte da criação. Mas também ensina que os seres humanos são os melhores de sua criação. Ele se comunica inspirando-os ao bem e enviando profetas que transmitem a mensagem de Deus.
De acordo com os muçulmanos, o Islã é a última religião revelada ao homem por meio do Profeta Muhammad; Este personagem de grande importância para esta religião nasceu em Meca, na Arábia Saudita, no ano 570 DC. Era uma pessoa muito sincera e honesta, a história mostra que aos quarenta anos, Deus lhe pediu, através do anjo Gabriel, que proclamasse a religião do Islã publicamente e a mensagem de Deus para a humanidade foram entregues no Alcorão contendo 114 capítulos chamados Suras.
Muitos desses textos foram conhecidos em todo o mundo por diferentes profetas que, curiosamente, também foram citados na Bíblia.
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Profetas do Islã:
Agora, falando formalmente das doutrinas do Islã, pode-se mencionar o jejum, que faz parte dos 5 pilares da fé. Ocorre no nono mês do calendário religioso e é obrigatório para todos os muçulmanos, desde o amanhecer até o pôr do sol. Também existe caridade. O Islã torna todos os seus seguidores ou súditos totalmente caridosos, mas essa caridade não é como a conhecida no mundo (a de ajudar os outros). Não, nesse sentido, é falar de fazer honestamente, de fazer obras que libertem a alma.
Uma semana depois, é realizada a cerimônia aqiqah, um festival para dar um nome à criatura. A próxima cerimônia é o casamento, sempre sugerido pelos pais e opcionalmente rejeitado apenas pelo futuro cônjuge. A cerimónia realiza-se na casa de uma das partes perante um Imam (sujeito que oficializa o casamento) e devem estar presentes pelo menos duas testemunhas, desta forma, constata-se que ambas estão a contrair casamento por livre vontade. Esta cerimônia é criticada no resto do mundo por muitos aspectos.
Porém, o mais poderoso é o fato de os pais procurarem os companheiros dos filhos, mais por conveniência do que por amor. Finalmente, existe a morte. Quando a pessoa sabe que vai morrer, deve recitar a shahada, uma espécie de oração sagrada. Caso isso não seja possível, então as pessoas que estão presentes antes, durante ou depois da morte o fazem. Após a morte, o corpo deve ser lavado com água limpa, embrulhado na savana sagrada chamada Irma e levado para a mesquita.
Tudo isso deve ser feito por pessoas do mesmo sexo que o falecido. Outra característica importante é a do termo Allah, que é conhecido como Deus, mas se há algo significativo nisso, é que ninguém mais dentro da religião pode ser chamado assim.
Os livros do islã
Como já foi dito em ocasiões anteriores, esta religião possui um livro especial que regula as ações de todos os muçulmanos, porém, deve-se destacar a existência de mais 3 que têm muita importância dentro da religião. Esses livros serão mencionados e brevemente explicados nesta seção a fim de compreender tudo relacionado ao Islã, não apenas em seus costumes, mas também no que os representa fielmente como seguidores de uma das maiores e mais amplamente praticadas religiões do mundo.
- O Alcorão: neste livro não apenas é ditada a divindade de Deus e todos os muçulmanos são proibidos de acreditar em outra divindade que não ele, mas também menciona a existência de pelo menos 20 profetas que foram por todo o mundo pregando a palavra de Allah, buscando seguidores, expandindo e levando seus conhecimentos a todos os cantos do mundo. Os profetas não alteraram os textos do Alcorão, eles simplesmente se concentraram em deixar a humanidade saber que Deus era único e que ninguém era mais divino do que ele.
- A Torá: é a representação da doutrina, ensinamentos e instruções dos muçulmanos no mundo. É conhecido no Cristianismo como o Pentateuco, (Antigo Testamento), pois representa os fundamentos do Judaísmo (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Foi revelado ao profeta Moisés, a Torá é o início de tudo o que é conhecido no realidade, a gênese do universo, o sentido da vida, explica a criação do universo e seus desígnios desde o início até o fim.
- Os Salmos: são compostos por 5 textos religiosos que, por sua vez, fazem parte do Antigo Testamento cristão. Foi revelado ao Rei David e contém louvores a Alá em formas poéticas ou de cânticos. Estes são classificados em hinos, súplicas, salmos de ação de graças, salmos messiânicos, salmos reais, cânticos de Sião, salmos de sabedoria e didática.
- O Evangelho: trata das boas novas que Deus enviou através de Jesus (Issah) cumprindo as palavras de Allah e todos os seus profetas sobre a abolição total do pecado através da morte de seu único filho, Jesus, no Cruz. O evangelho se aplica na religião cristã e no Islã como um lembrete de que Deus sempre mantém sua palavra e que todos aqueles que o seguem voluntariamente e com grande fé serão salvos.
Arte islâmica
O Islã não é apenas religião ou moralidade, mas também abrange um tipo de cultura que chama muita atenção, principalmente para a comunidade mexicana, que é atraída pela arquitetura islâmica. Não é nada difícil definir a cultura islâmica como uma técnica perfeita tanto na caligrafia quanto na arquitetura. Na arte islâmica há decoração e geometria que caracterizam a cultura islâmica como uma das mais antigas e belas do mundo. Por exemplo, existe a caligrafia cúfica, uma característica da arte islâmica bastante antiga e pertencente ao Alcorão.
Este tipo de escrita possui ângulos e linhas, várias vezes você pode ver algo alongado verticalmente ou horizontalmente. Apesar de esta caligrafia ter sido utilizada para captar o Alcorão, ainda existem alguns territórios no Médio Oriente que a utilizam, é claro, com algumas alterações clássicas devido ao passar do tempo.
Quanto à arquitetura islâmica dentro da arte islâmica, podemos citar a Lacería, um dos estilos que mais perdura no tempo. São linhas que se entrelaçam, de modo que acabam formando figuras diferentes, como polígonos ou estrelas.
Há também o ataurique, uma espécie de arte natural ou vegetal que forma desenhos da natureza a partir de diversos materiais. A arte islâmica engloba arquitetura e nela você pode ver as mesquitas e madrasas. No caso das mesquitas, são edifícios nos quais são realizadas várias cerimônias religiosas. Madrasas são instituições educacionais que promovem o Islã entre as crianças. Eles são bastante comuns no Oriente Médio, no entanto, também existem alguns em diferentes partes do mundo para muçulmanos que emigraram por motivos além de seu controle.
Outra característica da arte islâmica é a cerâmica andaluza, desenvolvida no século VIII. São lindos vasos feitos com vidros, ladrilhos e esmaltes de todas as cores. Teve um grande impacto na Europa e ainda hoje são usados em diferentes partes do mundo. Há também a eboraria, conhecida como marfim, e as obras têxteis islâmicas. A arte do santuário era a mais proeminente no Islã, usando elementos e materiais variados e preciosos para decorar as instalações sagradas. O Islã é mais do que religião, também pode ser arte.