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O que é justiça? »Sua definição e significado

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Anonim

A justiça é um preceito que começou a ser usado anos antes de Cristo, para mostrar justiça perante um tribunal e um executor que ditava sentenças independentemente de serem justas ou não. De forma concreta, pode-se assegurar que a imparcialidade é um desejo constante e perpétuo de dar a cada um o que é devido. Essa ideia muito genérica faz sentido em dois tipos de justiça, a comutativa e a distributiva.

O que é justiça

Tabela de conteúdos

A definição de justiça está relacionada aos valores que são incutidos na sociedade, que buscam um bem comum para todos os cidadãos. Não é uma lei que pode regular o comportamento dos indivíduos em todo o planeta, mas um preceito que parte da premissa de dar a todos o que realmente merecem de acordo com seus atos e comportamentos. A justiça também é conhecida como justiça, faz parte da lei e é representada pela deusa da justiça.

O que é conhecido como justiça comutativa é baseado no princípio da reciprocidade e exige um equivalente proporcional em troca. por outro lado, o distributivo, que se refere à solidariedade e igualdade entre todos os humanos, o que é justo, o que é para todos e que deve ser distribuído como tal para cumprir este princípio.

Para os juristas, é normal pensar no tribunal quando se fala no termo, pois é nele, especificamente no supremo tribunal de justiça, onde são tomadas as decisões que podem mudar a vida dos cidadãos (para melhor ou para o mal, tudo de acordo com suas ações). Trata-se de defesa e justiça, exercício de direitos fundamentais e comprovação da inocência ou culpa dos súditos. Como exemplos de justiça, existem sentenças emitidas por tribunais nacionais, leis, etc.

No conceito de justiça, falamos de um conjunto ou conjunto de critérios que estabelecem um determinado tipo de tratamento a ser aplicado tanto às pessoas quanto às instituições. Essas diretrizes podem conter proibições e autorizações na sociedade. Por exemplo, se uma pessoa age mal ou de forma negativa, uma forma de ser justo é aplicar uma punição. Os sujeitos repreendidos, de uma forma ou de outra, entendem que existem comportamentos estabelecidos e que devem ser seguidos. O significado de justiça abrange muitos elementos e todos eles serão explicados neste post.

A origem da justiça

O conceito de justiça parte de diferentes premissas, com origens gregas e romanas e de pontos de vista religiosos e até filosóficos. Graças a cada um desses aspectos, existe atualmente uma definição muito precisa de justiça. Se falamos da parte filosófica da justiça, devemos falar da ética, da moral e dos bons costumes que todo cidadão deve ter. Para se ter uma noção ampla dessa conceituação, a virtude deve ser considerada como uma inclinação inata para dar a cada pessoa o que realmente é devido.

Devemos também levar em conta a vontade que, por sua vez, é considerada como a retidão de um sujeito. Santo Tomás de Aquino disse que só pessoas não são as que sabem o que é bom ou o que é mau, mas sim as que agem de forma pacífica, respeitando o meio ambiente e se comportando como a sociedade espera. Para ele, tudo se baseia na retidão mental de uma pessoa, ou seja, na vontade que o acompanha desde o momento em que pode usar sua razão, até o último dia de sua vida.

Se tudo isso for analisado, fica claro que a razão ou a origem da imparcialidade segundo a filosofia é a objetividade. Ora, se analisado a partir da conceituação romana, o que é justo é definido por Ulpiano como uma vontade constante de conceder ou dar a cada pessoa o direito que lhe corresponde. Isso ia além da reciprocidade social, mas dos benefícios ou penalidades legais que os sujeitos teriam. Ulpiano estabeleceu várias regras a serem seguidas para vivermos juntos em harmonia e manter a sociedade em completa ordem.

Essas regras baseavam-se em um bom comportamento, não agindo com malícia ou malícia na frente de outras pessoas, muito menos prejudicando os cidadãos. Por fim, estabeleceu que todos cumpram e façam cumprir essas normas e o restante das leis criadas na época, pois só assim receberiam em troca o mesmo tratamento. Por outro lado, se fizessem tudo ao contrário do que estava estipulado, as pessoas só receberiam punições, dessa forma, ele capturou o que chamou de justiça. A partir daqui, a equidade foi levada em consideração para a elaboração das leis em Roma e no mundo.

Por outro lado, existe a conceituação grega, que se refere à moral e aos bons costumes dos indivíduos de uma sociedade. Tem muito a ver com visões religiosas; na verdade, tem muito a ver com o Cristianismo e com o Antigo e Novo Testamentos. Esse ponto de vista vai além da lei ou da moral, pois fala da relação entre Deus e os humanos que ele mesmo criou. É sobre sinceridade, confiança, fidelidade e o cumprimento da vontade de Deus na terra.

Não se pode falar do que é justiça sem mencionar a etimologia do Antigo Testamento. As referências escritas falam da equidade como um ato benevolente de Deus, uma ação que Deus estabelece para manter a humanidade a salvo do pecado. Claro, esta ação está condicionada a regras que cada pessoa em toda a humanidade deve cumprir, são os conhecidos 10 mandamentos entregues ou notificados na Aliança que foi celebrada entre Deus e o povo israelita. No Antigo Testamento, a justiça é divina e consegue envolver a fidelidade em conjunto com a salvação.

Além disso, para muitos não é congruente explicar o que é justiça sem fazer referência ao novo testamento, que mantém a essência da imparcialidade do antigo testamento, mas adquirindo um aspecto mais profundo, muito semelhante à conceituação romana, em que o presença de fidelidade e cumprimento das regras, mas também solidez e dureza, ambas levam os indivíduos a superar as forças do mal que Deus procura afastar da humanidade. Os etimologistas mencionam que existem muitos conceitos de justiça na Bíblia e que nenhum é menos válido do que o outro.

A representação da justiça

Quem faz a representação direta do termo é a senhora da justiça, personificada por diferentes divindades de acordo com a cultura. Começa com o Egito nas deusas Maat e Ísis, depois na mitologia grega como Temi e Dicea.

Temi era considerada a deusa da lei, dos bons costumes e da força. Pode-se dizer que tem muito a ver com a lei, embora finalmente a maioria das pessoas associe a senhora da justiça a Diceia, pois ela era retratada carregando uma escama em uma das mãos, a espada na outra e um curativo cobrindo os olhos.

A escala representa equidade e igualdade na sociedade, é o que faz com que todos vejam que todos têm o que merece. A espada se refere à luta constante para descobrir a verdade, para fazer cumprir as regras e para que as pessoas sejam beneficiadas ou julgadas de acordo com suas ações. Por fim, a bandagem, que representa a fé e a fidelidade dos cidadãos. Há um ditado que diz que a justiça é cega, que não vê idade nem posição social, daí uma das conceituações da venda dos olhos na senhora imortalizada.

Tipos de justiça

O objetivo de separar o termo em tipos ou classificações é poder regular as pessoas na sociedade, descobrir a maneira como todos se comportam de uma determinada maneira e que, caso os sujeitos façam o contrário, sejam julgados por mecanismos criado por uma sociedade organizada. Nesse sentido, a equidade pode ser vista como um meio de reparação. Se uma pessoa sentir que sua vontade foi violada ou julgada falsamente, ela pode apelar para alguns dos 4 tipos de justiça.

Justiça distributiva

Também se denomina de equidade econômica e refere-se a garantir a cada cidadão acesso a uma vida digna, para isso, possibilita que todos os recursos que direcionam os sujeitos ao cumprimento daquele objetivo social, mais especificamente, a riqueza seja distribuída em montantes iguais ou equivalentes. para toda uma população ou um determinado setor. Um exemplo desse tipo é o salário mínimo recebido na maioria dos países do mundo.

Muitos são os prós e contras em relação a essa questão, pois embora um número considerável concorde fortemente com esse preceito, muitos outros acham que não é justo que todos tenham a mesma riqueza quando há sujeitos com mais experiências, níveis de estudos ou esforços. É precisamente por isso que este aspecto é discutível e não aplicável em todos os territórios do mundo. O México é um dos países que aplica esse tipo de justiça.

Justiça Retributiva

Estamos perante uma espécie de equidade no tratamento social, isto é, procura estabelecer um padrão em que os cidadãos sejam tratados de forma adequada e da mesma forma que tratam os seus vizinhos. Nesse aspecto, muitas são as ações retroativas, pois assim como beneficia quem agiu como a sociedade espera, quem infringe as regras também é punido, implantando-se uma escala em que o patrimônio é o prêmio principal. Aqui, a lei tem uma relação bastante estreita com a justiça.

É através da lei que se atuam sobre o assunto, se buscam soluções e se aplicam punições, assim se cumprem as legislações nacionais e internacionais (direitos humanos, crimes de guerra, corrupção, etc.).

Justiça processual

Aqui a imparcialidade das leis é destacada independentemente do território ou do crime cometido. Existe uma preocupação na tomada de decisões e na implementação de benefícios ou punições de acordo com o comportamento das pessoas. A justiça processual se baseia na igualdade, em que ninguém é mais do que ninguém e, independentemente de sua condição social, todos receberão o tratamento que eles próprios expressaram.

Neste aspecto, vê-se também a intervenção da lei, uma vez que uma pessoa necessita da capacidade de exercer a sua vontade e ser imparcial, mas também de outra que possa representar aquele que infringiu a lei, para que a possa defender. Mas esse número também está presente nas táticas de governo, especificamente quando se trata de uma decisão que envolve a participação dos cidadãos. Aqui, defesa e justiça andam de mãos dadas.

Justiça Restaurativa

É o oposto da justiça retributiva, uma vez que tem como objetivo principal prestar atenção à vítima, garantindo sua segurança, bem-estar e direitos fundamentais. Esse tipo é mais subjetivo, pois longe de buscar o bem-estar de toda uma nação, enfoca a qualidade de vida das vítimas de crimes. É realmente pelo detalhe final que esses assuntos são extremamente importantes em qualquer operação restaurativa, pois são eles que estabelecem as medidas a serem tomadas, quais direitos devem ser restaurados e as obrigações dos sujeitos que violaram as leis.

Do ponto de vista das pessoas que violam as leis, são ensinados que as regras não devem ser violadas, isto é feito através de uma conciliação entre as vítimas e os agressores, só assim eles podem ser responsabilizados pelos danos causados. Caso a conciliação não termine e as punições sejam garantidas, estas tendem a ser variadas de acordo com o território em que são aplicadas, mas geralmente são multas, reclusão, prisão, etc.

Justiça e valores do cidadão

Desde o início, justiça é definida como um conjunto de valores que são aplicados e recompensados ​​na sociedade. Essas são a base, a gênese, o princípio da boa convivência em uma determinada localidade e que, aos poucos, vai se expandindo até cobrir o mundo inteiro. Nos valores do cidadão, a justiça é aplicada em todas as suas definições, por exemplo, quando se fala em participação cidadã, menciona-se o fato de fazer pequenas ou grandes contribuições para a promoção do bem comum, é um ato de boa vontade para melhorar a qualidade de vida.

Também existe transparência e esta é uma ação original das autoridades governamentais. Neste valor, comprometem-se a agir publicamente, evitando assim o mau uso dos recursos ou poder que eles próprios possuem e podem satisfazer as necessidades dos grupos. No que se refere ao uso indevido de recursos, são feitas referências a segredos de Estado, ineficiência, ineficácia, arbítrio em questões que deveriam ser públicas e abuso de poder. Quando as autoridades atuam com transparência, a sociedade convive em plena harmonia.

A tolerância também faz parte dos valores cívicos e esta se baseia no respeito às pessoas pelo que são, pelo que fazem e pelo que podem fazer. É uma das normas sociais fundamentais e a base principal da justiça. A tolerância é uma combinação complexa de respeito e igualdade e anda de mãos dadas com os principais preceitos da justiça.

Por fim, a honestidade, a coragem de reconhecer que existem coisas boas e más, a capacidade de saber quais as obras que nos correspondem e quais terão consequências na vida das pessoas. Isso faz parte da consciência, mais moral do que cívica, ser honesto com as ações que praticamos no dia a dia.

Todos estes, juntos, constituem o valor da justiça e a importância que a rodeia numa localidade, país e no mundo inteiro. Todos esses valores andam de mãos dadas, um não pode existir sem a presença do outro e é isso que predomina.

O que é justiça social

Aristóteles e outros estudiosos acreditavam que a justiça social é na verdade o tipo de justiça distributiva aplicada em muitos países, no entanto, o termo nasce da injustiça social que está se espalhando pelo mundo. O tema principal da justiça social é a igualdade em todas as suas categorias, conceituando o termo como uma forma de conceder a todos os cidadãos os mesmos benefícios, independentemente de sua condição econômica, ou referindo-se à dignidade humana, é simplesmente concedido a todos, igualmente, os mesmos benefícios e direitos de acordo com parâmetros governamentais.

A justiça coletiva promove o respeito e a aceitação igualitária de todos os cidadãos, focando seus objetivos na distribuição de direitos e benefícios de forma totalmente equitativa.

Exemplos de justiça social incluem os bens e serviços de que todos precisam para viver com dignidade, educação e, por último, os direitos humanos. Ao longo dos anos, esse tipo de justiça ganhou destaque no mundo, por isso a ONU instituiu o dia 20 de fevereiro como o dia internacional da justiça social.

Justiça social de acordo

O capitalismo

Ao contrário da justiça, o capitalismo não é uma criação do ser humano, não foi deliberado, pelo contrário, faz parte da espontaneidade humana e da necessidade de ter mais a nível económico e social. A justiça tem limites, tenta estabelecer uma abordagem em que todos tenham o mesmo em muitos aspectos e o capitalismo seja o contrário. É necessário um grande número de pessoas ou órgãos para tomar decisões, razão pela qual, na prática, há muitas empresas que atuam como concorrentes. O capitalismo é expansão e visão privada.

Socialismo

Os dois compartilham vários elementos marcantes em termos de terminologia, de fato, o elemento que eles têm em comum (e o mais importante, convém notar) é o dessa igualdade, porém, no socialismo, isso só se aplica de forma hipotética, uma vez que não há registros de que a igualdade ou a justiça coletiva seja realmente cumprida com sucesso em qualquer país. Sempre há algo que acaba destruindo a tentativa de justiça coletiva e isso não aconteceu apenas neste século, mas em anteriores.

A justiça fala em dar a todos o que é devido e, do ponto de vista social, é feita de forma eqüitativa. Essa ideia sempre quis ser aplicada pelo socialismo, mas nunca foi capaz de se materializar.

Liberalismo

Nesse sentido, é importante destacar que o liberalismo busca, valendo a pena a redundância, dar aos indivíduos a liberdade de fazerem de suas vidas (em termos sociais e econômicos) o que eles acreditam ser a melhor maneira de viver, ou seja, não há Intervenção do Estado. Na justiça social, o Estado é o principal benfeitor, intervém na economia e em aspectos sociais como o casamento. Ambos os termos são aplicáveis.

O comunismo

Nesse aspecto, pode-se dizer que existem muitas semelhanças no socialismo, além de compartilhar muitos aspectos da justiça. O problema é que no comunismo não existe a figura das empresas privadas, não existem classes sociais, não existe propriedade privada, não existe Estado.

Justiça Social no México

A justiça coletiva pode ser aplicada em diferentes países, o México, por exemplo, é um deles, mas como a perfeição nunca é encontrada nas medidas aplicáveis ​​pelos governos no poder, este termo não alcançou o sucesso esperado. Não se pode falar de justiça coletiva em um território onde as taxas de pobreza aumentam em vez de diminuir.

Perguntas frequentes sobre justiça

O que significa a palavra justiça?

A justiça é conhecida como o valor moral que uma pessoa possui com o direito de dar a outra o que ela merece. Isso é feito levando-se em consideração as ações e o comportamento de cada indivíduo.

Para que serve a justiça?

Manter a ordem social e garantir o bem-estar comum, através do estabelecimento de comportamentos, formas de atuação, punições, sanções para qualquer crime, entre outros. A Justiça familiariza as pessoas com os métodos de resolução de conflitos, pois orienta sobre direitos e deveres, além de promover a construção do tecido social e auxiliar na prevenção da violência doméstica.

Qual é o valor da justiça para as crianças?

Esta é qualificada como uma das quatro virtudes morais essenciais para estabelecer as relações humanas e manter a ordem social, que deve ser feita para proporcionar a cada pessoa o que ela merece ou lhe pertence de forma imparcial, levando em consideração o direito e a razão. Você tem.

Para que serve o Supremo Tribunal de Justiça?

Administrar justiça por meio de sentenças, jurisprudência e cumprimento da lei.

Por que a justiça é importante?

A justiça é importante porque tem a capacidade de impor sanções ou punições a quem comete um ato deliberado e se esquiva das responsabilidades infringidas pela lei, violando assim os direitos dos outros.