A palavra kamikaze é um termo de origem japonesa que significa " vento divino ". Esta palavra se originou da chegada de um tufão ao Japão no século XIII, diz-se que esse tornado salvou a nação de ser invadida por uma frota mongol. Este tufão recebeu o nome de "vento divino", e foi visto como um sinal divino de que o Japão havia sido escolhido pelos deuses, e que eles estavam encarregados de sua proteção e conservação. Por outro lado, esse termo foi atribuído à força de ataque suicida dos aviadores militares japoneses.
Os kamikazes eram jovens pilotos japoneses treinados para dar suas vidas se necessário nos combates durante a Segunda Guerra Mundial. Eles usaram suas aeronaves como projéteis, a fim de causar o máximo de danos possível. O plano de usar os pilotos como balas humanas partiu do almirante Takijiro Onishi em 1944, dada a falta de eficácia da marinha japonesa para derrotar as tropas americanas, pode-se dizer que essa ideia valeu a pena, pois no total eles foram 34 navios afundados e 288 danificados por pilotos kamikaze.
Os resultados desses confrontos deixaram uma marca psicológica muito profunda em cada soldado japonês, por isso o número de voluntários para realizar essas missões foi aumentando, já que era uma forma honrosa de morrer. Esta forma de pensar estava fortemente enraizada no pensamento japonês, uma vez que o sentido de honra e obediência faziam parte da concepção do dever ou “ Giri ”. O dever é um princípio fundamental da mentalidade japonesa, ideias herdadas dos antigos conceitos morais que estavam presentes no Japão na Idade Média e que foram adotados nas regras de conduta dos guerreiros samurais.
Antes de partir para sua última luta, o aviador kamikaze foi recebido por seus superiores com uma panela com uma bola de arroz e um copo de saquê. Foi um ato muito simbólico e emocional. O piloto usava uma faixa branca na cabeça e o avião já estava pronto com explosivos de alto impacto.
No resto do mundo, esta palavra tem sido usada para designar todos os tipos de ataques suicidas ou terroristas, qualquer que seja a nacionalidade do atacante e a metodologia usada (carros-bomba, explosivos, etc.).
