Chama-se "ludismo", a uma série de manifestações, de artesãos ingleses, contra a implantação de máquinas e operários inexperientes que controlavam a produção de bens básicos do século XIX. Elas aconteceram no marco da Revolução Industrial e seu modus operandi foi a destruição das máquinas utilizadas na fabricação de tecidos ou fibras. O motivo, segundo diferentes historiadores, é o alto índice de desemprego que isso trouxe como consequência para a comunidade artesanal, uma vez que os responsáveis pelo controle das máquinas exigiam salários bem menores e, em geral, o processo era muito mais lucrativo.
Os seguidores desse movimento foram chamados de "luditas" porque seu suposto predecessor, um artesão inglês chamado Ned Ludd, atacou duas máquinas de tear. Esse incidente, com o passar do tempo, deu origem à lenda do rei Ludd, personagem imaginário, de tom pronunciado de retidão, que era tido como o principal representante dos luditas. Isso, porém, junto com outros movimentos de descontentamento na Grã-Bretanha, refletia as duras condições de trabalho enfrentadas pelos trabalhadores ingleses da época, que sofreram as agruras das Guerras Napoleônicas, bem como o severo clima econômico daquele período.
Atualmente, adota-se o uso do termo "neoludismo", em oposição ao desenvolvimento de novas tecnologias ameaçadoras e, principalmente, ao consumismo, caracterizado como um movimento "sem liderança". Da mesma forma, fala-se de uma falácia ludita, em que se condena: “ao trazer uma inovação tecnológica, isso vai reduzir a renda do trabalho, necessária para qualquer setor produtivo, que vai degenerar em quedas de custos, para finalmente exigir muito mais trabalhadores ”.
