A nação é falada quando se trata de soberania, sentimento, instinto nativo que representa um país. A partir dessa origem, é fácil construir um conceito complexo do que é uma nação. Um país que luta pela sua independência, que define suas fronteiras com honra, respeito, fraternidade e cooperação pode ser considerado uma nação de ferro, sólida, estável. Os valores culturais e democráticos de um país devem servir de eixo referencial para a construção de uma Nação.
O que é nação
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A palavra "Nação" vem do latim nātio, que por sua vez deriva de nāscor ("nascer"). Seu significado é "nascimento", "pessoas", "espécies" ou "classe". Em um sentido amplo e menos complexo, este termo reflete uma comunidade cultural e histórica que, além disso, possui um território específico (considerado como seu próprio) e com um grau de conhecimento ou consciência diferente dos demais.
Existe uma definição jurídica de conceituação de nação, que remonta ao século 18, descrevendo a palavra como um conjunto de cidadãos em quem reside a soberania do Estado, ou seja, o poder.
Trata-se de um conceito modernista, que graças aos elementos nele encontrados, fica bem claro que, antes do início dos nacionalismos por parte dos colonizadores ou conquistadores, não havia país, mas colônias. A conceituação de nação política ou cívica também se aplica aqui, uma vez que em ambos os significados existem grupos de cidadãos com raízes específicas, língua, cultura, geografia, costumes e raça próprios.
Esta palavra pode também vir a referir-se a um Estado, território, país, etnia ou pelos habitantes que aí se encontram, obviamente, respeitando cada uma das diferenças aplicáveis em cada termo.
Essa é uma definição perenialista, pois deixa de levar em conta a soberania como elemento primordial para a composição de uma nação, deixando claro que ela existe no mundo desde antes das colonizações.
Com essa explicação, a definição perenialista de nação explica que o nacionalismo nasce da palavra em questão e não o contrário. A essência do nacionalismo é sentir que você pertence a um lugar específico, mas a nação é a prova de que esse lugar existe e de que há pessoas morando nele. Para muitos estudiosos, ambos os significados são totalmente válidos, portanto, cabe a cada pessoa aceitar qualquer uma das conceituações fornecidas neste artigo.
História do conceito de nação
Conforme mencionado na seção anterior, o primeiro conceito de nação veio à tona no final do século XVIII. A partir daí, as origens dos países e as abordagens políticas da época em relação aos territórios que queriam conquistar passaram a fazer mais sentido.
As revoluções americana e francesa aconteceram graças ao conhecimento do que realmente era uma nação. Os antecedentes desse termo (no sentido perenialista) podem ter origens antropológicas. Pois bem, alguns autores e pesquisadores descrevem os primeiros seres humanos como sujeitos territoriais, neste caso, o território seria a nação.
Parte da história deste termo tem a ver com a nação liberal do século XVIII. Os liberalistas começaram a questionar os territórios cujos governos eram baseados em monarquias absolutas. Esse tipo de governo era contrário à soberania e, portanto, afetava os sentimentos da nação que esses súditos mantinham com fervor.
Foram criados os elementos de um país, passando a soberania aos cidadãos e excluindo totalmente os sistemas de governo, com isso, o poder que antes tinham ficou muito reduzido.
Os liberais tinham uma base racional, igualdade jurídica e liberdade individual. Nesse ponto, é bem fácil ver que se trata de uma conceituação política.
Por outro lado, existe uma definição mais romântica deste termo, é uma série de características que apenas os cidadãos de um determinado território possuem e que, apesar de poderem se deslocar para outras terras, não perdem. As expansões militares ocasionadas por guerras e revoluções levaram ao nascimento dessa definição (prematuramente, segundo os estudiosos).
Com a definição do termo alusivo ao romantismo, as pessoas não são mais vistas como simples indivíduos que habitam um território ou Estado (termo novo conhecido e aceito com esse mesmo significado), mas incluem novos elementos, como a cultura, sua traços, linguagem, essência, espiritualidade, etc. Rejeitando fortemente a forma multiétnica ou cultural de governo. Além disso, os próprios habitantes deviam ter sentimentos do lugar onde viviam, um sentimento nacional inalienável e inalienável.
Dessa nova conceituação nasce a identificação da nação como Estado.
Para muitos, Estado e nação são preceitos ou termos totalmente distintos, partindo da ideia de que a nação é uma qualidade que acaba por unir um número finito ou infinito de pessoas e que o Estado é uma realidade e organização política.
Depois de tudo o que foi dito ao longo deste post, é preciso perceber que, apesar das críticas, os dois conceitos estão relacionados, coexistem e têm características comuns, inclusive seus elementos constituintes. Note-se que, quando se fala em elementos, a presença de todos é imprescindível. Se algum estiver faltando, então não há Estado nem Nação.
Elementos da nação
Como o Estado, a nação possui uma série de elementos imperativos para sua formação. Com a criação da conceituação do termo, os estudiosos determinaram que os elementos que o compõem são a população, o país, o governo e a legitimidade.
População
As pessoas, cidadãos e habitantes de um determinado território.
País
É o território que acaba delimitando a nação ou estado e no qual os cidadãos que nele vivem ou pretendem residir se organizam geográfica e politicamente.
governo
É a entidade política que representa a nação, encarrega-se de organizar seus habitantes e formular leis para a correta convivência de cada um deles.
Legitimidade
É a aceitação direta de outros países, ou seja, outros estados reconhecem uma nação como sua igual.
Tipos de nação
Com o início das revoluções francesa e americana, surgiram vários preceitos do termo estudado neste posto. Para os estudiosos, existem dois tipos: político e cultural.
Nação política
Esta definição fala apenas sobre as delimitações geográficas e políticas que certos territórios têm, que também exercem ou aplicam a soberania. Esse conceito tem muita semelhança com o que um Estado abrange, além disso, projetos de nação podem ser usados para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Os exemplos de nação política são variados e aplicáveis na maioria dos países nos quais o poder reside na cidadania.
Nação cultural
Refere-se à forma como as pessoas que habitam um determinado território se organizam e tem sua origem nas memórias escritas e compartilhadas de geração em geração. As nações culturais existem graças a grupos de pessoas que se sentem parte de uma sociedade ou cultura que compreende 3 elementos fundamentais: população, território e soberania. Nesse sentido, uma nação cultural pode ou não ser organizada por um estado.
Nacionalização
A nacionalização é uma medida política de grande impacto na economia de um determinado país; É descrito como o processo pelo qual o Estado governamental assume o controle das atividades que abrangem o campo econômico, distribuidor ou produtor do país em questão.
Implica o pagamento ao anterior proprietário pela empresa que passa a ser propriedade do Estado nacional, sendo esta indemnização efectuada sob a forma de cauções (não transmissíveis de imediato); Para a efetivação da nacionalização de determinada empresa, os motivos que fundamentam tais medidas devem ser demonstrados perante o judiciário, esses motivos devem estar voltados para facilitar o poder de compra do país, perseguindo um propósito claramente lucrativo, além de ser favorável conceda aos habitantes da nação justiça para a sociedade.
Um exemplo claro disso pode ser a nacionalização de bancos, a nacionalização do petróleo ou a nacionalização de empresas. Este é um modelo político pertencente ao pensamento socialista, onde se afirma que a economia vai melhorar se estiver diretamente nas mãos do povo e não de empresários privados que se destinam a encher o bolso sem oferecer nada aos concidadãos.
Empresas vulneráveis ao procedimento de nacionalização são aquelas que atendem a necessidades básicas como: indústria de transportes, serviços bancários, empresas alfandegárias, indústrias militarizadas, entre outras.
Em outras palavras, a nacionalização nada mais é do que a aquisição legal de bens que eram propriedade privada e que agora serão controlados diretamente pelo Estado; Note-se que esta mudança de proprietários de privados para públicos pode ou não ser indemnizada, o que significa que não é uma medida obrigatória, mas seria a mais sensata.