É denominado narrador onisciente aquele que se caracteriza por contar uma história na 3ª pessoa e que, além disso, não é personagem da história, mas é responsável por transmiti-la de fora dela. Como o nome indica, esse é um tipo de contador de histórias que funciona como uma espécie de deus na história; Isso porque ele sabe tudo sobre os personagens da história e os enredos que surgem, ele também pode prever o futuro, supor e julgar. Porém, geralmente é o mais objetivo possível quanto à contribuição dos dados, com o objetivo de não condicionar quem está lendo a história. O narrador onisciente foi o mais frequente nos romances apresentados durante o século XIX.
Gramaticamente, podemos destacar o fato de que o escritor costuma utilizar a terceira pessoa do singular ou a terceira pessoa do plural para dar voz ao narrador onisciente. Esta se caracteriza por ser uma voz da história que adquire grande credibilidade junto ao leitor, pois explica o ocorrido por meio de dados objetivos.
Como mencionado acima, o narrador conhecerá todos os detalhes da história, seja no passado, seja no presente, e poderá até adivinhar o que pode acontecer no futuro dos personagens e da história em questão.
Algumas das principais características do narrador onisciente são as seguintes:
- Ele sabe tudo: tem conhecimento de todos os dados da história, portanto tem o poder de contar como os personagens se sentem, para que o leitor tenha mais informações sobre a cena em que os atores protagonizam.
- Ele não dá sugestões, ele explica: geralmente dá uma explicação do que acontece, ele também julga e decompõe as causas e os comportamentos que os personagens têm dentro da trama.
- Tem a capacidade de se identificar com o escritor: em consequência de não ser parte direta da história e ficar fora dela, tem a possibilidade de, por vezes, se interpretar como a voz do escritor, principalmente se o narrador tiver algum juízo importante.