Um quilombo era originalmente um campo de escravos ou cidade instalada na selva amazônica. Neste local, grupos de escravos de origem africana que fugiam das fazendas onde trabalhavam se esconderam para evitar possíveis represálias dos senhores e das autoridades.
Pode parecer um insulto ou um palavrão, mas a realidade é que este termo tem uma origem muito interessante, raramente conhecida. Se pensarmos por um momento, a palavra como tantas outras representa a terminologia típica das línguas africanas que povoaram nossa terra e contribuíram para sua cultura.
O termo quilombo em português vem do kinbundu, palavra que vem de uma língua africana falada no território angolano, já que muitos dos escravos que vieram para a América eram oriundos do continente africano.
Como acontece com muitas palavras, o termo que buscamos definir aqui também ganhou e adquiriu novos significados com o tempo. Portanto, dizer hoje que algo é quilombo é aplicar um tom pejorativo a esse algo, referindo-se mais do que qualquer coisa à desordem, ao caos que pode existir naquele lugar e que claramente remete ao tipo de vida que se vivia nos antigos. quilombos da escravidão.
Em alguns países, o termo também é usado para se referir a um espaço em que há mulheres que oferecem serviços sexuais. Quilombo, nesse sentido, é sinônimo de bordel: “As câmeras de televisão detectaram um político casado que entrou no quilombo de madrugada”.
Na Argentina e no Uruguai, quilombo serve para descrever uma situação complicada e confusa. Portanto, uma briga de bar, uma manifestação muito agitada e tumultuada ou uma discussão acalorada entre vizinhos são contextos normalmente descritos como quilombos.