O Arco de Tito em Roma, uma obra arquitetônica civil e comemorativa romana, foi executado pela dinastia Flaviana no século I, especificamente em 81 DC. Portanto, pertence ao estilo imperial clássico. O autor não é conhecido, pois na arquitetura romana permanece o nome do patrono ou cliente, já que o artista não goza de nenhuma consideração social.
Situa-se na chamada Via Sacra, a rua principal e mais importante da antiga cidade imperial, que ligava o Capitólio ao Coliseu, e em cujo entorno se agrupavam os edifícios mais notáveis da época, entre templos e palácios.
O motivo da construção do Arco de Tito foi a comemoração das vitórias do imperador Tito Flavio Sabino Vespasiano, filho do também imperador Tito Flavio Vespasiano. Após sitiar e conquistar Jerusalém em 70 DC, época em que seu mítico Templo de Salomão foi saqueado e destruído pelas tropas romanas quando queimaram a cidade.
Na Idade Média, o arco passou a fazer parte da muralha que circundava Roma, sendo uma de suas portas de entrada. Este facto e o decorrer do tempo conduziram a uma grande degradação, perdendo parte dos seus relevos e conservando apenas o arco central.
No século XIX, com a chegada do Papa Pio VIII e o espírito de renovação dos edifícios e monumentos clássicos da capital, a restauração do arco foi confiada aos arquitetos Raffaele Stern e Giuseppe Valadier, que realizaram as obras de recuperação de 1818 a 1821, devolvendo-o à sua forma original, reconstruindo os lados que faltavam na rocha travertina e não no mármore como era em sua origem.
O Arco de Tito tem dimensões de 14,50 metros de altura, 13,50 metros de largura e 4,75 metros de profundidade. A sua estrutura em mármore é simples e consiste em dois pilares sobre os quais se ergue uma abóbada de berço, que são decorados com duas colunas cada e janelas cegas.
O destaque do Arco de Tito são os relevos com que é esculpido. Assim, a arquitrave representa a vitória de Vespasiano e Tito sobre os judeus.