A filosofia é entendida como a reflexão metodológica que expõe o acoplamento do conhecimento e os limites da existência. A definição de filosofia indica que sua origem etimológica vem da Grécia no século 6 aC e é composta por duas palavras: philos "amor" e Sophia "sabedoria, pensamento e conhecimento". Portanto, a filosofia é o " amor pela sabedoria ". Surge como consequência do autoquestionamento do homem sobre tudo o que o rodeia. Por outro lado, é significativo indicar que possui vários ramos entre os quais se destacam: metafísica, lógica, psicanálise, ética, gnoseologia, entre outros.
O que é filosofia
Tabela de conteúdos
A filosofia é uma ciência que, de forma cuidadosa e detalhada, busca responder a uma variedade de questões. A origem histórica da definição de filosofia indica que ela surge no século VI aC na Grécia, como resultado das diversas questões que o homem começou a fazer sobre as coisas que o cercavam; É por isso que a filosofia nasceu como forma racional de explicar os fenômenos que ocorrem na natureza, por meio da promoção das capacidades humanas e do distanciamento das explicações míticas, que naquela época predominavam naquela cultura.
Dois idealistas essenciais do pensamento contemporâneo que se dedicaram ao estudo da filosofia são Félix Guattari e Gilles Deleuze, que juntos escreveram três livros que tiveram um significado fundamental e objetivo. Entre eles, destaca-se o mais recente: O que é filosofia? (1991), que é um livro que solidifica tudo o que os escritores sempre quiseram fazer.
A diferença entre o que é filosofia e o que é ciência e lógica é que não se pautam por conceitos, mas por funções, numa perspectiva de referência e com observadores parciais.
Ramos da filosofia
A filosofia é dividida em diferentes ramos que são:
Antropologia
O conceito geral ou propósito geral da antropologia filosófica é a raridade humana, ou seja, a cadeia de revelações que testemunham a presença do homem. É especialmente cativante para quem revela um certo enigma ou contradição, como é o caso do fenômeno do conhecimento científico, da liberdade, dos juízos de valor, da religião e da comunicação interpessoal. Sua finalidade formal (ângulo ou aspecto especial que exige paciência para avaliar o objeto material) reside nas características humanas que permitem esse fenômeno. Por exemplo, a psicologia e a história concordam quanto ao objeto material, mas não quanto ao seu propósito formal.
Epistemologia
É a ciência que estuda como a sabedoria das disciplinas é validada e gerada. Sua tarefa é analisar os regulamentos que são usados para justificar notas científicas, considerando os fatores psicológicos, sociais e até históricos que entram em jogo.
Esta definição foi aplicada pela primeira vez em meados do século XIX, pelo filósofo escocês James Frederick Ferrier, que após estudar filosofia decidiu carimbar o termo no seu livro intitulado "Institutos de Metafísica". Nele ele levantou diferentes teorias sobre inteligência, conhecimento ou sistema filosófico.
Estético
A estética é responsável pelo estudo da percepção da beleza. Quando você diz que algo é bonito ou feio, você está dando uma opinião estética, que ao mesmo tempo expressa experiências artísticas. Portanto, a estética busca analisar essas experiências e opiniões sobre qual é sua natureza e quais são os fundamentos que têm em comum. Busca o porquê de certas coisas, por exemplo, porque uma escultura, objeto ou pintura não seduzem os espectadores; Isso mostra então que a arte tem afinidade com a estética, pois busca causar sensações por meio da expressão.
Ética
A ética é responsável pelo estudo da moralidade, de tudo relacionado à bondade ou maldade do comportamento humano. Seu foco são as ações humanas e tudo relacionado ao bem, felicidade, dever e vida. Em uma análise da ética, ela é comparada com as próprias origens da filosofia grega antiga, já que sua evolução histórica foi muito variada e ampla.
A ética tem uma grande abrangência que a vincula a muitas disciplinas como biologia, antropologia, economia, entre outras.
Gnoseology
A epistemologia é responsável por analisar a origem da natureza, bem como o alcance do conhecimento humano. Ele não apenas investiga conhecimentos específicos, como física ou matemática, mas também é responsável pelo conhecimento em geral.
A epistemologia está associada à epistemologia, uma vez que, como a epistemologia, centra-se no estudo do conhecimento, tratando de problemas como acontecimentos históricos, psicológicos e sociológicos que conduzem à obtenção do conhecimento, bem como os julgamentos pelos quais eles são validados ou rejeitados.
Lógica
É o estudo dos fundamentos de inferência e prova válidas. O objetivo da lógica é a inferência. Compreensão por inferência a todo aquele processo pelo qual as conclusões são deduzidas da hipótese. A lógica investiga os princípios pelos quais certas inferências são aceitáveis e outras não. Da mesma forma, analisa os argumentos sem levar em conta o conteúdo do que está sendo discutido e sem levar em conta a linguagem que está sendo usada.
Quando uma inferência é aceitável, é por causa de sua organização lógica, e não por causa da mensagem de demonstração específica ou da linguagem usada.
Metafísica
É responsável pelo estudo da natureza, como está estruturada, o que a compõe e os princípios essenciais da realidade. Seu objetivo é alcançar uma maior compreensão empírica do mundo, tentando conhecer a verdade mais ampla do porquê das coisas. A metafísica baseia-se em três questões: O que é ser? O que é aquilo? Por que existe algo e não nada?
Na química a existência da matéria é aceita e na biologia a presença da vida, mas nenhuma delas define vida ou matéria; apenas a metafísica fornece essas definições básicas.
Filosofia da linguagem
É o ramo da filosofia que analisa a linguagem em seus aspectos fundamentais e gerais, o mundo e o pensamento, o uso da linguagem ou pragmática, a tradução, a mediação e os limites da linguagem. Este ramo difere da linguística porque se beneficia de métodos empíricos (como testes mentais) para obter suas conclusões. Na filosofia da linguagem, geralmente não há diferença entre o falado, o escrito ou qualquer outro tipo de manifestação, exceto que apenas o que é mais comum em todas é analisado.
filosofia da história
É um campo da ideologia que estuda as formas e o desenvolvimento, onde o ser humano faz história. As questões sobre as quais atua a filosofia da história são tão variadas e complexas quanto as causas que as originaram. Algumas das perguntas são: Existem padrões na história humana, por exemplo, ciclos ou desenvolvimento? Existe uma finalidade ou objetivo teleológico da história, ou seja, um desenho, uma finalidade, um princípio norteador ou um fim no processo de formação da história? Quais são, em caso afirmativo, seus respectivos endereços?
Filosofia das religiões
É um ramo da filosofia que trata do estudo introspectivo da religião, introduzindo argumentos sobre a existência de Deus e sobre a natureza, os problemas do mal, a conexão entre a religião e outros sistemas de princípios como a ética e a ciência. É comum diferenciar entre a ideologia da religião e religiosa. O primeiro aponta para o pensamento filosófico sobre a religião, que pode ser realizado por crentes e não crentes, enquanto no religioso cita uma ideologia inspirada e orientada pela religião, como a doutrina cristã e a doutrina islâmica.
Filosofia do Direito
É uma especialidade que estuda os princípios como uma ordem institucional e normativa do comportamento humano em sociedade. A filosofia é o estudo do universal, portanto, quando tem por objeto a lei, toma-a em seus aspectos universais. Também pode ser determinado, como a análise dos fundamentos, porque estes, precisamente, dizem respeito ao caráter de generalidade. Os primeiros fundamentos podem aludir a ser, saber e agir; daí a segmentação da ideologia em teoria e prática.
Filosofia politica
É o estudo que analisa os princípios sobre assuntos políticos, como liberdade, poder e justiça. Os direitos, propriedades e aplicação em um código legal pela autoridade, em termos de sua essência, origem, limites, natureza, legitimidade, alcance e necessidades. Este ramo possui um amplo campo de análise e está facilmente vinculado a outros ramos e subdisciplinas da ideologia, como a ciência do direito e a ciência da economia.
Os princípios da filosofia política mudaram ao longo da história. Para os gregos, a comunidade era o centro e o fim de todo movimento político.
História da Filosofia
O início da filosofia se localiza na Grécia em meados do século 7 aC, especificamente na Colônia da Jônia, onde o filósofo Tales de Mileto é considerado um dos pioneiros, que foi um dos sete sábios da Grécia, que também foi matemático e astrônomo.
As grandes fases em que se dividiu a história da filosofia certamente não são claras, pois o movimento filosófico não continuou uma evolução linear, mas com vantagens e retrocessos.
A era do movimento cristão foi proeminente no Ocidente, começando no século I ao século 15 (a época do Renascimento). Os principais representantes do movimento católico e cristão que mais defenderam esse movimento foram Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino. A principal peculiaridade dessa época foi a subordinação do movimento ideológico à teologia católica, colocando toda a cultura humana à disposição da Igreja e do catolicismo.
A filosofia grega abrange desde o século 7 AC. até o século III aC; mas seu prestígio se estendeu até os dias de hoje, devido mais do que tudo ao pensamento e à escola de Platão e Aristóteles. Segundo a crença de Platão, a filosofia grega tem como principal característica o esforço do discernimento humano para compreender todas as anomalias humanas e cósmicas, por meio de estudos e interpretações lógicas, sem recorrer a explicações de cunho religioso ou mítico.
A era da filosofia moderna se abre com René Descartes em meados do século XVI e se concentra, mais do que tudo, na reflexão sobre o conhecimento e o ser humano. A evolução científica que deu origem a este e que se inicia do século XV ao XVII foi uma das obras renovadoras mais importantes da história ilustrativa do Ocidente e de toda a sociedade.
Outra das correntes filosóficas mais proeminentes foi a ilustração que surgiu na Europa. Os ideólogos iluminados que mais ajudaram no desenvolvimento filosófico do Ocidente foram Kant e Hume, que posicionaram a ousadia da razão humana dentro das medidas do empirismo e do racionalismo.
A filosofia contemporânea é a época atual na história da filosofia. Além disso, as filosofias criadas por ideólogos que ainda estão vivos são chamadas pelo mesmo termo. É a era da ideologia moderna, e seu início se deu entre o final do século XIX e o início do século XX.
As tradições idealistas mais completas e significativas do século XX foram: a analítica na era anglo-saxônica e a continental na Europa continental. O século testemunhou o nascimento de novas tendências filosóficas, como fenomenológica, positivismo, lógica, existencialismo e pós-estruturalismo.
Nessa época, a maioria dos principais filósofos trabalhava nas universidades. Um dos tópicos mais analisados foi a conexão entre linguagem e filosofia ("um fato que às vezes é referido como a virada linguística"). Os principais representantes foram Ludwig Wittgenstein na tradição analítica e Martin Heidegger na tradição continental.
O que são métodos filosóficos
O método filosófico é o sistema em que os ideólogos devem ser capazes de partir de um determinado tema filosófico, caracterizado por manter em mente o argumento, a dúvida e a dialética. Baseia-se nos preceitos da falseabilidade e reprodutibilidade.
É importante destacar que cada filósofo possui seu próprio método de filosofar, a fim de responder às questões que lhe são apresentadas.
Portanto, esses métodos estão relacionados à cadeia de fases que devem ser percorridas para se obter insights válidos de uma perspectiva científica, tratando de elementos confiáveis para isso.
Como um método filosófico é aplicado
O método filosófico é aplicado de três maneiras fundamentais, que são:
A duda
Todo filósofo tem dúvidas sobre qualquer coisa de que seja possível ter, é quase o impulso primitivo das obras filosóficas. Os filósofos no início argumentaram que admiração e dúvida eram a chave para a sabedoria.
A pergunta
Na filosofia, as questões e a forma como são formuladas monopolizam um importante espaço para ideólogos e cientistas, pois buscam que a questão que se elabora seja precisa e clara, e ao mesmo tempo sirva de caminho para a raiz do problema.
A justificativa
É mais um dos elementos que distinguem o método filosófico, justificam, sustentam ou argumentam as soluções que se propõem. Em geral, esses argumentos são apresentados como premissas logicamente interconectadas e que levam à solução.
Quais são os métodos filosóficos
Método filosófico empírico-racional
O método filosófico empírico racional parte da hipótese de que as duas fontes do discernimento humano são o entendimento e os sentidos.
De acordo com esse método filosófico, Aristóteles aponta que o entendimento e os sentidos permitem a entrada de duas etapas da realidade: primeiro sensível e depois inteligível.
No método filosófico empírico racional, o discernimento sensível é mutável e múltiplo, mas o intelecto consegue encontrar o elemento permanente e imutável da realidade, ou seja, o fundamento das coisas. Isso significa que o entendimento capta que há algo que distorce as coisas e algo que não.
Método filosófico empirista
O método filosófico empirista expressa que o princípio do conhecimento depende da experiência sensível e então continua em uma linha indutiva.
O raciocínio é a fonte correta para alcançar as "verdades da razão" que envolvem a realidade. No entanto, a experiência é o caminho para as "verdades factuais", com as quais novos insights e novos aspectos da realidade são revelados.
O método filosófico empirista estabelece uma teoria ligada ao discernimento, que enfatiza a importância da percepção sensorial e da experiência no surgimento das ideias. Para que o discernimento seja válido, ele deve ser testado pela experiência.
Método filosófico racionalista
O método filosófico racionalista é um movimento que foi promovido na Europa continental entre os séculos XVII e XVIII, exposto por René Descartes, que é complementado pela crítica de Immanuel Kant. É o mecanismo do pensamento que enfatiza o papel do filosofar na obtenção do conhecimento, feito em disparidade com o empirismo, que destaca o papel da experiência e, acima de tudo, o sentido do ponto de vista.
O método filosófico racionalista é identificado pela tradição que vem do filósofo e cientista Descartes, que apontou que a geometria simbolizava o protótipo de todas as ciências e ideologias.
Método filosófico transcendental
O método filosófico transcendental, criado por Kant no século XVIII, não indaga sobre a origem do conhecimento, como era o caso do racionalismo e do empirismo clássico, mas argumenta para justificá-lo. Por exemplo, uma pessoa de sua família aprende que não é certo prejudicar os outros ou a si mesmo. A origem desse conhecimento é sua família. Mas isso é verdade? A resposta a esta pergunta não deveria ser: "é correto por que ele aprendeu com sua família", já que assim estaria se referindo à origem de seu conhecimento.
Método filosófico analítico-linguístico
O método filosófico analítico-linguístico nasceu no contexto do neopositivismo. O método se baseia na análise da linguagem que é a principal forma de expressão do ser humano, e por isso deve ser o ponto de origem de qualquer reflexão. A linguagem tem usos diferentes e cada um tem suas próprias regras. O principal representante do método filosófico analítico-linguístico é Wittgenstein que o chamou de "jogos linguísticos".
Segundo os neopositivistas, a ideologia tem procurado utilizar as regras da gestão científica para realidades que vão além das notas empíricas.
Método filosófico hermenêutico
O método filosófico hermenêutico é aquele usado para tentar indagar sobre a percepção de mais coisas. A hermenêutica afirma fundamentalmente que o significado das coisas é interpretado a partir da experiência, e a questão de como a compreensão é possível?
A procura de respostas a esta questão tem sido feita investigando os elementos que possibilitam a compreensão (hermenêutica não normativa), ou processando falsos entendimentos.
Em conclusão, o método filosófico hermenêutico é a arte de compreender a verdade, e o papel que ele cumpre na esfera religiosa é a interpretação de textos sagrados.
Método filosófico fenomenológico
O método filosófico fenomenológico é um movimento filosófico muito amplo e variado. Caracteriza-se por ser uma corrente que busca resolver todos os problemas filosóficos, recorrendo à experiência óbvia ou intuitiva, que é aquela em que as coisas são alardeadas da forma mais óbvia e ordinária.
É por isso que os diferentes aspectos do método filosófico fenomenológico tendem a debater constantemente que tipo de experiência é significativa para a ideologia e como obter acesso a ela. É a partir daí que todos os aspectos tomam posse do lema "às próprias coisas", que realmente se aplica a toda compreensão científica.
Método filosófico socrático
O método filosófico socrático é um método de argumento dialético ou lógico para a busca ou investigação de novas idéias, prismas ou conceitos subjacentes de informação. O método filosófico socrático foi amplamente implementado nos escritos orais de conceitos morais. Foi apontado por Plantón nos diálogos socráticos.
É por isso que Sócrates é reconhecido como o fundador da ética ou filosofia moral ocidental. Esse método é consagrado a Sócrates, que foi quem começou a absorver essas disputas com seus colegas atenienses, após uma visita ao oráculo de Delfos.
Método filosófico psicanalítico
O método filosófico psicanalítico é o modelo teórico explicativo e descritivo dos mecanismos, fenômenos e processos envolvidos na vida da alma do ser humano. Este protótipo foi inicialmente baseado nos estudos de Sigmund Freud no tratamento médico de pacientes que apresentavam fobias, histeria e diversos transtornos mentais, o que teve uma grande evolução teórica, posteriormente com o auxílio de diversos teóricos psicanalíticos. Por outro lado, o método filosófico psicanalítico também se refere à própria terapia psicanalítica, ou seja, um conjunto de métodos e procedimentos terapêuticos que se formam a partir dessa hipótese para o tratamento das doenças mentais.