São conhecidas como Guerras Púnicas a uma série de conflitos bélicos que ocorreram entre 264 aC e 164 aC e que tiveram como protagonistas as duas potências mais importantes do Mediterrâneo naquela época, que eram Cartago e Roma.
Vale ressaltar que Cartago foi uma importante cidade que se localizava na costa da atual Tunísia, fundada pelos fenícios. Esta civilização teve uma enorme frota marítima, pelo que foram considerados aos seus habitantes como grandes navegadores. Porém, não tinham um exército permanente, pois, segundo sua ideologia, os cartagineses optaram por contratar mercenários para libertar suas guerras, sendo apenas os comandantes indígenas daquela cidade.
Por sua vez, Roma tinha um grande e poderoso exército que travava batalhas na região norte da Itália anexa. No entanto, o seu ponto fraco eram as infra-estruturas de tipo naval, que comparadas com os cartagineses eram bastante inferiores, portanto, era quase impossível no início poder agir contra eles. A primeira das Guerras Púnicas ocorreu entre 264-241 AC. Esse confronto aconteceu na ilha da Sicília, local onde se localizavam grandes colônias gregas aliadas a Roma.
Por outro lado, a Segunda Guerra Púnica em combinação com a perda da guerra e os custos da guerra que foram forçados a pagar fez com que Cartago visse sua economia entrar em colapso, portanto, eles não tinham a capacidade de pagar aos mercenários, visto forçada a resignar-se a ser uma potência de menor calibre que Roma. Vendo que era muito difícil pagar as altas taxas de impostos, pediram ao Senado de Roma a possibilidade de expandir sua influência para o território da Hispânia, para tentar obter alguns recursos e terminar o pagamento da dívida.
Entre 149-146 aC Cartago foi erradicada. Principalmente por causa do medo que os romanos tinham de que esse povo se levantasse novamente contra o Império. Em 201 aC, ela havia sido devastada tanto na esfera militar quanto na econômica, e eles mal conseguiam pagar tributo a Roma.